Nos últimos dias, a Faixa de Gaza tem enfrentado uma crescente crise nos serviços de saúde devido aos incessantes bombardeios israelenses. A falta de eletricidade e os danos causados às instalações hospitalares obrigaram seis hospitais a encerrarem suas operações, agravando a situação humanitária na região.
A falta de energia elétrica tem impactado diretamente a capacidade dos hospitais de prestarem atendimento adequado aos pacientes. Além disso, muitas unidades estão operando com reservas de combustível, o que representa um risco iminente para os pacientes.
O Hospital da Amizade Turco, uma instituição de referência para tratamento de câncer na região, também foi afetado, com sua capacidade de operação reduzida. Isso coloca em risco cerca de 2 mil palestinos que recebem tratamento no local.
O Hospital Al-Shifa, o maior de Gaza, está enfrentando uma situação crítica de superlotação, com uma ocupação de leitos que chega a 150%. A situação é preocupante, e os profissionais de saúde enfrentam desafios significativos para atender a todos os pacientes adequadamente.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) tem feito esforços para entregar combustível a alguns hospitais, mas a quantidade disponibilizada é insuficiente para atender à demanda. Além disso, as operações da entidade na região também correm o risco de serem interrompidas devido à escassez de recursos.
Diante dessa grave situação, a OMS faz um apelo urgente para que seja permitida a entrada segura e contínua de combustível e suprimentos médicos essenciais em Gaza.
“Para a população da Faixa de Gaza, a situação é desesperadora e se tornará catastrófica se não houver uma passagem segura e contínua de combustível e de material sanitário, além de assistência humanitária suplementar. A OMS reitera os seus apelos a um cessar-fogo humanitário imediato para o fornecimento seguro de material sanitário e de combustível”, explicou a organização.
O governo israelense tem restringido a entrada de combustível em Gaza devido a preocupações relacionadas ao possível uso desse combustível pelo grupo terrorista Hamas.
"Civis e hospitais em Gaza precisam de combustível para produzir eletricidade. O Hamas tem esse combustível", disseram os militares israelenses.