O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) presta depoimento à Polícia Federal nesta quarta-feira (18) às 14h em Brasília. Ele irá depor sobre o caso de empresários que teriam incitado um golpe de Estado através do WhatsApp .
A previsão era de que Bolsonaro falasse sobre o caso em agosto, mas a defesa do ex-mandatário pediu adiamento do depoimento. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu arquivar a investigação contra os seis empresários no dia 21 de agosto, no entanto, concedeu 60 dias para a PF seguir com a apuração de dois empresários: Meyer Joseph Nigri e Luciano Hang, que estão com os celulares apreendidos.
Relembre o caso
Em 2022, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão contra oito empresários por determinação do ministro Alexandre de Moraes. Eles foram acusados de trocar mensagens que defendiam um golpe de Estado caso o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vencesse as eleições presidenciais. Eles diziam que um "golpe" seria melhor do que um novo mandato do petista.
Veja quem eram os empresários acusados:
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Luciano Hang, dono da Havan;
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Afrânio Barreira Filho, dono do Coco Bambu;
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Ivan Wrobel, dono da W3 Engenharia;
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José Isaac Peres, fundador da rede de shoppings Multiplan;
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José Koury, dono do Barra World Shopping;
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Luiz André Tissot, presidente do Grupo Sierra;
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Marco Aurélio Raymundo, dono da Mormaii;
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Meyer Joseph Nigri, fundador da Tecnisa.
Após tomar conhecimento sobre o caso, Jair Bolsonaro saiu em defesa dos empresários. Ele afirmou conhecer "muito bem" dois alvos da operação da PF e criticou a investigação. "Desses oito [empresários alvos da operação], dois eu conheço muito bem, trocam informações do zap comigo [...] Hoje estive com empresários acusados de golpistas, pelo amor de Deus, não tiveram nada mais do que sua privacidade violada”, defendeu o ex-presidente.