Presidente da Rússia, Vladimir Putin, em reunião de trabalho
Kremlin - 09.10.2023
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, em reunião de trabalho

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira (18) que o bombardeio ao hospital Ahli Arab , na Cidade de Gaza, é uma "catástrofe terrível". O ataque, ainda sem autoria confirmada, deixou, pelo menos, 500 mortos, segundo o Ministério da Saúde local. 

A declaração foi dada em conferência de imprensa na capital da China, Pequim. O presidente russo disse que a devastação causada pelo ataque mostra que o conflito entre o grupo armado palestino Hamas e Israel devem terminar.

Após o bombardeio, o  número de mortos na Faixa de Gaza atingiu 3.300, além de outros 13.000 feridos. 

O Hamas acusa as Forças de Defesa Israelenses pelo bombardeio ao hospital, mas Israel nega, alegando que os agressores seriam a Jihad Islâmica. Um porta-voz do grupo extremista negou a autoria. 

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, decretou três dias de luto oficial em memória das vítimas do ataque ao hospital Ahli Arab. Ele classificou o ocorrido como um massacre, acrescentando mais tensão a uma região já dilacerada pelo conflito.

Reação internacional

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que “nada pode justificar atacar civis”.

“O acesso humanitário à Faixa de Gaza deve ser aberto sem demora”, acrescentou num comunicado publicado no X.

O premiê alemão Olaf Scholz disse que ficou “horrorizado” com as imagens da explosão do hospital, mas não atribuiu culpa pelo ataque.

“Civis inocentes foram feridos e mortos”, disse ele numa publicação no X, acrescentando que uma “investigação completa” é “imperativa”.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o ataque ao hospital num comunicado publicado pela ONU.

Numa publicação que fez no X, Guterres disse estar “horrorizado com a morte de centenas de civis palestinianos num ataque a um hospital em Gaza”, acrescentando que os hospitais e o pessoal médico “estão protegidos pelo direito humanitário internacional”. Posteriormente, apelou a um “cessar-fogo humanitário imediato” na guerra.

O chefe da União Africana, Moussa Faki Mahamat, acusou Israel de um “crime de guerra” após o ataque.

“Não há palavras para expressar plenamente a nossa condenação ao bombardeamento de Israel contra um hospital de #Gaza hoje, matando centenas de pessoas”, disse Faki no X, apelando à ação da comunidade internacional.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, condenou o ataque e enfatizou a importância de aderir às leis da guerra.

“As notícias que chegam de Gaza são horríveis e absolutamente inaceitáveis… o direito internacional precisa de ser respeitado neste e em todos os casos. Existem regras em torno das guerras e não é aceitável atingir um hospital”, disse Trudeau a repórteres.

Os Médicos Sem Fronteiras condenaram o ataque, afirmando que “estão horrorizados com o recente bombardeio” do hospital que tratava pacientes e abrigava moradores de Gaza deslocados.

“Isto é um massacre”, disse o Dr. Ghassan Abu Sittah, médico do MSF em Gaza, no comunicado.

O governo egípcio emitiu uma declaração denunciando o ataque “nos termos mais fortes”, apelando à comunidade internacional para intervir e prevenir novas violações.

O Representante da União Europeia para Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, lamentou o atentado ao hospital.

“Mais uma vez, os civis inocentes pagam o preço mais alto. A responsabilidade por este crime deve ser claramente estabelecida e os perpetradores responsabilizados”, escreveu Borrell no X.

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