Ex-presidente Jair Bolsonaro
Reprodução: Agência Brasil
Ex-presidente Jair Bolsonaro

ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que condenam a prisão os envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro . O ex-chefe do Executivo disse esperar que os detidos "fiquem livres". A declaração aconteceu em um evento agropecuário em Chapecó (Santa Catarina), na quinta-feira (12).

Segundo Bolsonaro, se ele ainda fosse presidente, as prisões do 8 de janeiro não teriam acontecido.

“Nós devemos, se queremos viver numa democracia, [devemos] respeitar a lei, o devido processo legal e individualizar a conduta de cada um. E não ao querer fazer justiça, cometer uma grande injustiça com o nosso país. Se eu continuasse na Presidência, pode ter certeza que isso tudo não teria acontecido", afirmou o ex-presidente.

Para o ex-mandatário, "alguns erraram ao invadir um prédio público”, mas não aprovou as penas que chegam a 17 anos.

“Esperamos que isso seja desfeito brevemente, que essas pessoas fiquem livres dessa tornozeleira, bem como aquelas que foram condenadas a até 17 anos de cadeia fiquem livres dessa pena. Alguns poucos acham que me calando, calam a nação. Não, ao longo de quatro anos nós, juntos, plantamos as sementes”, disse Bolsonaro em discurso durante o evento.


Réus pelos atos golpistas

Nesta sexta-feira (13), o ministro do STF, Alexandre de Moraes, votou para condenar mais oito réus  pelos ataques aos prédios dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro. O magistrado, que é relator do caso, propôs penas que variam de 3 a 17 anos de prisão e o pagamento de uma multa de R$ 30 milhões por danos morais coletivos. A atuação de cada indivíduo vai ser analisada de forma individual.

Os acusados respondem por cinco crimes, são eles: abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; associação criminosa armada; dano qualificado; e deterioração de patrimônio tombado.

Nos primeiros julgamentos individuais , o STF condenou os réus Aécio Lúcio Costa Matheus Lima de Carvalho a 17 anos de prisão. O terceiro condenado foi Tiago Mathar, com 14 anos de prisão.

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