General Augusto Heleno
MARCOS CORRÊA/ PR
General Augusto Heleno


O general da reserva Augusto Heleno, que atuou como chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) na gestão de Jair Bolsonaro (PL-RJ), disse nesta terça-feira (26) que devolveu um relógio da marca Rolex que ganhou de presente em uma viagem no Catar, em 2019.

Heleno fez a declaração durante seu depoimento à CPMI dos Atos Golpistas após ser questionado pela deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

“O relógio estava comigo, tinha outros que receberam relógio, o Comitê de Ética da Presidência da República foi consultado sobre o que fazer com o relógio (...), e o que veio como decisão do Comitê de Ética da Presidência foi que era um presente personalíssimo, e que nós podíamos ficar com o relógio”, relatou o militar.

No começo deste ano, o TCU (Tribunal de Contas da União) entregou uma notificação a Secretaria-Geral e a Comissão de Ética da Presidência da República questionando os presentes de luxo recebidos pela comitiva que esteve com Bolsonaro no Catar, em 2019.

No documento, o ministro Antonio Anastasia afirmou que os relógios Rolex recebidos pela comitiva não estavam em acordo “com o princípio da moralidade pública” e que “o recebimento de presentes de uso pessoal com elevado valor comercial extrapola os limites de razoabilidade".


Além do caso Rolex, Heleno foi chamado pela CPMI como testemunha para falar sobre a tentativa de golpe contra o estado brasileiro. O general entrou com uma ação no Supremo para não comparecer à comissão, mas o pedido foi rejeitado pelo relator, o ministro Cristiano Zanin.

O militar foi autorizado a ficar em silêncio. Ele respondeu diversas perguntas, mas resolveu não responder alguns questionamentos. Heleno ficou em silêncio ao ser indagado sobre ter participado na reunião do hacker Walter Delgatti Neto com Bolsonaro.

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