Arthur Maia, presidente da CPI, criticou interferência dos magistrados
Reprodução: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Arthur Maia, presidente da CPI, criticou interferência dos magistrados

A CPI que investiga os atos antidemocráticos que aconteceram no dia 8 de janeiro em Brasília entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal para
contestar as “interferências” dos ministros André Mendonça e Kassio Nunes Marques nos depoimentos.

A mesa diretora questiona o fato de os ministros permitirem que pessoas convocadas não compareçam às oitivas, inviabilizando o trabalho da CPMI.

Nesta terça-feira (19), a CPMI esperava ouvir o tenente Osmar Crivelatti, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a partir das 9h desta terça-feira (10). Ele, no entanto, não precisou aparecer para depor  após receber autorização do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), que acatou um pedido de recurso da defesa do militar.

Para os responsáveis pela CPI, além de permitirem ausências, os despachos dos magistrados ainda impossibilita a Comissão de agendar outros depoimentos e reorganizar a ordem de votação.

O presidente da CPI, o deputado  Arthur Maia (União-BA), já havia criticado a interferência de Nunes Marques quando o ministro autorizou a ex-subsecretária de Inteligência da Segurança Pública do Distrito Federal, Marília Alencar, faltar ao depoimento. À época, ele classificou a desição como "lamentável" e "monocrática".


"Não há dúvida que uma decisão monocrática, superando a convocação dessa comissão, desequilibra os Poderes. Entretanto, cabe a nós cumprir essa decisão", disse Maia na ocasião.

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