O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participará nesta quinta-feira (7) do Desfile Cívico do Dia da Independência. São esperados cerca de 3 mil militares para serem assistidos por um público de 30 mil pessoas, número inferior ao que ocorreu nos anos anteriores.
Além do petista, os ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio, devem acompanhar o evento. Outros ministros, como Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e Geraldo Alckmin (Indústria) são esperados para o desfile.
O evento ocorre em um momento de tensões no cenário político, especialmente relacionadas às Forças Armadas, em meio a investigações sobre a tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro e às polêmicas envolvendo a venda de joias recebidas por Jair Bolsonaro (PL-RJ).
Com o slogan "democracia, soberania e união", o desfile está sendo organizado pela Secretaria de Comunicação Social, com a intenção de transmitir uma mensagem de paz e coesão à nação.
O evento será dividido em quatro temas principais: "Paz e Soberania", "Ciência e Tecnologia", "Saúde e Vacinação" e "Defesa da Amazônia". O ministro da Secom, Paulo Pimenta, enfatizou que a ocasião também servirá para resgatar e celebrar símbolos nacionais, como a bandeira e o Hino Nacional.
Estão programadas no desfile a execução do Hino Nacional, a passagem das tropas das Forças Armadas, um espetáculo aéreo realizado pela Esquadrilha da Fumaça e apresentações de escolas e instituições.
Lula e o discurso
Na quarta (6), Lula se pronunciou sobre o Dia da Independência. O discurso começou às 20h30 (horário de Brasília) e durou cerca de nove minutos e foi exibido em cadeia nacional de TV e rádio.
O chefe do Executivo apresentou uma série de medidas adotadas no seu governo, principalmente na área econômica. "Amanhã é dia de comemorar a independência do Brasil. O Brasil voltou a sorrir. Nosso país voltou a crescer com inclusão social, distribuindo renda e combatendo as desigualdades", comentou.
O petista destacou a importância das famílias estarem unidades após a sua vitória, defendeu o fortalecimento da democracia após os ataques golpistas e terroristas de bolsonaristas no 8 de janeiro deste ano, em Brasília e falou sobre a soberania nacional.
O chefe do Executivo usou um tom moderado e enfatizou que a bandeira do Brasil é um símbolo do povo brasileiro, não pertencendo a um presidente ou qualquer outra autoridade. O objetivo foi demonstrar seu interesse na pacificação do país.
Segurança
O Ministério da Justiça e Segura Pública publicou no Diário Oficial da União na terça (5) a autorização de emprego da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), em Brasília, em apoio ao governo do Distrito Federal, durante o desfile cívico-militar de 7 de setembro.
De acordo com a portaria, a Força Nacional atuará em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) para auxiliar na proteção da ordem pública e do patrimônio público e privado, da União e do Distrito Federal, no período.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública atende ao pedido da governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, do secretário executivo da pasta Ricardo Capelli, encaminhado por ofício na quinta (31).