A defesa do hacker Walter Delgatti Neto se manifestou nesta quinta-feira (24) em relação ao pedido da CPMI dos Atos Golpistas para acessar seus registros bancários e de comunicação, considerando-o sem sentido em virtude das ações anteriores da Polícia Federal.
Segundo a defesa, tanto o computador quanto o celular de Delgatti já foram apreendidos pelas autoridades, o que tornaria o pedido da comissão desnecessário.
O advogado destacou que a CPMI poderia, em vez disso, solicitar à Polícia Federal o compartilhamento das informações já coletadas durante as investigações relacionadas à Vaza Jato e à invasão dos sistemas judiciais.
O foco central das investigações agora recai sobre as visitas realizadas por Delgatti ao Ministério da Defesa, durante a gestão Bolsonaro, para discutir alegadas vulnerabilidades nas urnas eletrônicas.
A defesa espera que tanto a Polícia Federal quanto o Ministério da Defesa possam disponibilizar registros e imagens dessas visitas, a fim de comprovar as declarações feitas pelo hacker.
Além disso, o advogado de Delgatti solicitou ao Supremo Tribunal Federal a revogação da prisão preventiva. Esse pedido está fundamentado na colaboração do hacker com a CPMI e a Polícia Federal. No entanto, o ministro Alexandre de Moraes encaminhou solicitação à Procuradoria Geral da República para análise e parecer.
Diante desses desenvolvimentos, a defesa de Walter Delgatti Neto ressalta a coleta anterior de evidências e informações pelas autoridades, o que, na opinião dos advogados, torna redundante o pedido da CPMI para acessar registros e comunicações do hacker.
A questão central agora reside nas investigações sobre as visitas ao Ministério da Defesa e nas tentativas de corroborar as declarações feitas por Delgatti. A espera agora está voltada para a análise da PGR em relação ao pedido de revogação da prisão preventiva.