Valdemar Costa Neto, presidente do PL, manifestou nesta segunda-feira (21) seu apoio à possibilidade de a ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, ocupar a posição de vice na chapa de reeleição de Ricardo Nunes (MDB-SP) para a Prefeitura da capital paulista em 2024.
"Nosso apoio a Nunes não está condicionado à escolha do vice na chapa. O ex-presidente Jair Bolsonaro compreendeu que a escolha do vice deve se basear na pessoa mais qualificada, independentemente de ser do PL. São Paulo é uma cidade de orientação central. O que nos interessa é a vitória de Nunes. Marta seria uma excelente opção para o cargo de vice, mesmo vindo de outro partido", declarou Valdemar ao site Valor Econômico.
Marta atualmente ocupa o cargo de secretária de Relações Internacionais de São Paulo e mantém uma relação positiva com Ricardo Nunes. No entanto, a ex-prefeita precisará superar algumas resistências para aceitar um eventual convite.
No ano anterior, Marta Suplicy criticou Jair Bolsonaro (PL-RJ) e expressou publicamente seu apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Atualmente, o ex-presidente Bolsonaro está considerando a possibilidade de apoiar a reeleição de Ricardo Nunes, tornando-o um possível candidato do bolsonarismo. Marta, caso aceite o cargo de vice, terá que lidar com essa situação.
Outra questão que pode gerar problemas para Ricardo Nunes é a insatisfação dos bolsonaristas com a inclusão de Marta como vice, especialmente porque ela possui um histórico longo no PT.
Valdemar afirma que a possibilidade da ex-prefeita se juntar ao PL ainda não foi discutida. "É preciso avaliar se todos concordam. Muitos de nossos membros têm reservas em relação a indivíduos com histórico na esquerda, mas se não estivermos abertos a novas adesões, nosso crescimento será limitado", destacou. O presidente do PL também observou que Marta seria uma escolha apropriada para a chapa de Nunes, uma vez que "possui apoio das áreas periféricas", explicou.
Trajetória de Marta Suplicy no PT
Marta Suplicy desempenhou um papel fundamental na fundação do PT, tornando-se uma das principais líderes do partido. Em 2000, foi eleita prefeita de São Paulo, ocupando o cargo até o final de 2004.
Em 2006, foi eleita deputada federal e, quatro anos depois, conquistou uma vaga no Senado pelo estado de São Paulo.
Ademais, ela também ocupou o cargo de ministra do Turismo durante o segundo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de ministra da Cultura no primeiro governo de Dilma Rousseff.
Seu percurso no PT teve fim em 2015, quando migrou para o MDB. Até o ano passado, era filiada ao Solidariedade.