O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encerrou a Cúpula da Amazônia em Belém (PA), nesta quarta (9), cobrando a ajuda financeira prometida pelos países ricos para auxiliar na preservação da Floresta Amazônica. "Os países desenvolvidos precisam colocar dinheiro nas ações de preservação ambiental, não só na copa das árvores, mas também dos povos que habitam nas florestas", afirmou o petista.
Lula disse que, em "todo o país do mundo", se fala da Amazônia, mas que a Cúpula sinalizava para a Amazônia falando com o mundo. "Defenderemos juntos que os compromissos de financiamento climático assumidos pelos países ricos sejam cumpridos", afirmou o petista.
O mandatário ainda disse que "a natureza, que o desenvolvimento industrial ao longo de 200 anos poluiu, que está precisando [do investimento financeiro]". Lula e outros chefes de Estado – membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), do país caribenho São Vicente e Granadinas, da República do Congo, e da Indonésia e República Democrática do Congo, que formaram uma aliança pelas florestas com o Brasil – assinaram um documento, chamado "Unidos por Nossas Florestas", no qual atestam a preocupação com o não cumprimento das promessas.
"Conclamamos os países desenvolvidos a cumprirem suas obrigações de financiamento climático e a contribuir para a mobilização de US$ 200 bilhões por ano, até 2030, previstos pelo Marco Global para a Biodiversidade de Kunming-Montreal", lê-se em um dos trechos do documento,
que possui dez parágrafos.
"Os 10% mais ricos da população mundial concentram mais de 75% da riqueza e emitem quase a metade de todo o carbono lançado na atmosfera", expôs Lula em uma fala anterior à imprensa. "Não haverá sustentabilidade sem justiça", completou.