
O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu uma investigação para apurar se houve fraude relacionada a recursos públicos utilizados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) enquanto Silvinei Vasques era o diretor-geral da corporação.
Benjamin Zymler, ministro do TCU, autorizou a abertura da investigação no dia 11 de julho, e a análise de dados e documentos deve ser concluída até o dia 25 de agosto. A apuração acontece no âmbito do processo que a atuação da PRF ao longo de todo o periodo eleitoral de 2022.
Isso inclui tanto as blitz realizadas no dia do segundo turno do pleito eleitoral, como o período posterior às eleições, quando bolsonaristas que não aceitaram a vitória do presidente Lula (PT) bloquearam rodovias pelo Brasil.
Na manhã desta quarta-feira (9), Silvinei Vasques foi preso preventivamente em uma operação relacionada ao segundo turno das eleições do ano passado. O ex-diretor-geral da PRF foi detido em Florianópolis, em Santa Catarina.
A Polícia Federal deflagrou a Operação Constituição Cidadã, que apura o suposto uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral do ano passado. A corporação encontrou provas de que as blitz feitas no segundo turno das eleições foram intencionalmente direcionadas para prejudicar a votação de Lula.
Os investigadores encontraram imagens com o mapeamento das cidades da região Nordeste onde o agora chefe do Executivo teve mais de 75% dos votos no primeiro turno em celulares de policiais rodoviários.
Também foram descobertas conversas sobre uma reunião da cúpula da Polícia Rodoviária em que Silvinei teria determinado a realização de um “policiamento direcionado” às cidades em que Lula obteve mais votos.