A Noruega estará presente na Cúpula da Amazônia, que acontecerá nos dias 8 e 9 de agosto em Belém, Pará, já que enviará Hans Brattskar como represente especial sobre clima. O evento reunirá os líderes dos países que abrigam a floresta amazônica em seus territórios.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou representantes da Noruega e Alemanha, países que contribuem com o Fundo Amazônia, para participarem do encontro.
A comitiva norueguesa que estará presente na cúpula será composta por Andreas Dahl-Jørgensen, diretor da Iniciativa Internacional da Noruega para Clima e Florestas (NICFI); Annette Bull, ministra conselheira; Vedis Vik, enviada para Clima e Floresta; e Rafael Volochen, assessor para Clima e Floresta. O grupo chegará ao Brasil no domingo (6).
Fundo Amazônia e a Noruega
O maior doador do Fundo Amazônia era a Noruega, responsável por 93,8% das verbas. Entre 2008 e 2018, o país destinou US$ 1,2 bilhão para o Brasil prevenir, monitorar e combater a devastação na floresta.
Porém, os europeus pararam de enviar o recurso em 2019, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) assumiu o poder e demonstrou desinteresse nas políticas públicas de combate ao desmatamento.
Com Lula eleito, a Noruega comunicou que voltaria a fazer doações para o Fundo Amazônia. No primeiro semestre deste ano, o ministro do Meio Ambiente norueguês, Espen Barth Eide, visitou o Brasil para tratar sobre a floresta amazônica e que o país europeu continuaria contribuindo caso o governo brasileiro conseguisse reduzir o desmatamento.
O que é o Fundo Amazônia?
O Fundo Amazônia foi criado em 2008 e recebeu ao longo da sua trajetória R$ 3,3 bilhões em doações. Porém, o programa não angaria fundos desde 2019 por conta dos problemas da gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Durante 10 anos, o fundo recebeu dinheiro da Noruega, da Alemanha, da Petrobras e de outras empresas nacionais.
Com o retorno de Lula ao poder, o chanceler alemão, Olaf Scholz afirmou que o governo da Alemanha destinará 203 milhões de euros para ações na Amazônia, sendo que 35 milhões vão direto para o fundo. O ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Espen Barth Eidea, que o país ajudará na reestruturação do projeto.