Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal
Fernando Frazão/Agência Brasil
Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal


Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal , afirmou nesta segunda-feira (31) que a negligência de alguns órgãos públicos favoreceu o crescimento dos acampamentos formados por golpistas na frente de QGs do Exército após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições do ano passado. 

"Era um acampamento de criminosos, que reunia pessoas que estavam tramando um golpe de Estado. O que houve foi uma negligência de várias entidades, de vários órgãos públicos", dstacou o chefe da PF durante evento de dez anos da Lei Anticorrupção. 

"Verbalizei e inclusive formalizei isso num ofício, dizendo que aquelas pessoas precisavam ser contidas no acampamento, caso contrário elas iriam invadir o Congresso, o STF e o Palácio do Planalto. Não sou vidente, só estava vendo as coisas", complementou. 


A declaração de Rodrigues foi feita no mesmo em dia em que foi vazada a conclusão do inquérito conduzido pelo Superior Tribunal Militar , que apontou que que as forças militares encarregadas de proteger o Palácio do Planalto durante os ataques golpistas de 8 de janeiro foram consideradas inocentes de qualquer culpa.

Diante disso, foram levantados "indícios de responsabilidade" em relação à Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial, que faz parte do GSI (Gabinete de Segurança Institucional).

De acordo com o inquérito sob "sigilo" vazado pelo jornal "Folha de S. Paulo", a investigação aponta que "se houvesse um planejamento adequado" no início do governo do presidente Lula (PT), a invasão ao palácio poderia ter sido evitada ou, pelo menos, os danos minimizados.

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