O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retorna ao Brasil nesta quarta-feira (19) por volta das 18h30. Ele foi a Bruxelas, na Bélgica, no domingo (16) para participar da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia (UE) e ter encontros bilaterais com líderes mundiais.
Antes da chegada ao Brasil, Lula viaja para Cabo Verde, onde terá uma reunião com o presidente do país africano, José Maria Neves, que deve durar menos de duas horas. Em seguida, o petista parte para Brasília.
Esta é a nona viagem internacional do presidente e a quarta para a Europa em pouco mais de seis meses de governo. Lula já visitou 15 países neste período, que foram: Argentina, Uruguai, Estados Unidos, China, Emirados Árabes, Portugal, Espanha, Reino Unido, Japão, Itália, Vaticano, França, Colômbia, Bélgica e Cabo Verde.
Mudança nos ministérios
Ao retornar ao Brasil, Lula deve discutir os espaços do Centrão, como os partidos Republicanos e o PP, no governo. Durante coletiva nesta quarta-feira (19) em Bruxelas, o presidente disse que “não existe possibilidade” de abrir espaço na Casa Civil para essas siglas.
O petista disse que é de interesse do governo aumentar a base, "para dar tranquilidade à governança dentro do Congresso Nacional", mas ponderou que é o presidente que oferece ministérios.
"Não existe esta possibilidade. À medida que você tenha partidos que queiram participar da base, nós temos interesse em trazer esses partidos para dar tranquilidade a nossa governança dentro do Congresso Nacional. Mas quem discute ministro é o Presidente da República. Não é o partido que pede ministério, é o Presidente da República que oferece", afirmou Lula.
O chefe do Executivo afirmou ainda que após o recesso dos deputados, irá oferecer o que "acha que é necessário oferecer para construir a tranquilidade do Congresso Nacional que nós precisamos".
A fala de Lula acontece após o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT) afirmar que "está consolidada" a entrada do PP e do Republicanos nos ministérios de Lula.
“A tese de incorporar esses partidos no governo já está consolidada. Igualmente esses nomes que surgiram na imprensa por indicações dos partidos. Essas forças políticas irão para o governo”, disse o deputado.