A Segunda Câmara do Conselho Regional de Medicina confirmou, nesta terça-feira (18), a cassação do registro médico de Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho
, acusado pelo assassinato de Henry Borel, enteado do ex-vereador.
A decisão foi unânime, e os 42 conselheiros consideraram inceitável o fato de que Jairinho não realizou manobras para tentar reanimar Henry no dia da sua morte. Ele também é acusado de tentar impedir que o corpo do menino de 4 anos fosse submetido à perícia do Instituto Médico Legal (IML).
Em março deste ano, a Primeira Câmara do CRM-RJ, composta por 11 conselheiros, já havia decidido pela cassassção do documento que dava a Jairo o direito de exercer as suas funções profissionais.
O caso
O menino Henry Borel, de quatro anos, morreu na madrugada de 8 de março de 2021, após receber atendimento em um hospital particular do Rio. Os médicos que prestaram atendimento estranharam as lesões no garoto e também o comportamento da mãe e do padrasto, que o levaram até o local.
No decorrer das investigações sobre o caso, constatou-se que, naquele noite, Henry estava acompanhado somente de Jairinho e Monique Medeiros no apartamento em que moravam, no bairro da Barra da Tijuca. Imagens do circuito interno do condomínio mostram quando os três saíram de casa.
Laudo da necrópsia do Instituto Médico-Legal (IML) diz que o menino morreu em consequência de hemorragia interna por laceração hepática por ação contundente, Os exames apontaram 23 lesões no corpo da criança.