O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta terça-feira (18) que as autoridades da Itália confirmaram que a família do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) foi agredida no aeroporto de Roma na última sexta-feira (14 ).
O ministro afirmou que não teve acesso às imagens do aeroporto, mas que a Itália confirmou a agressão. "Sei dessas informações desde ontem, de que, de fato, a parceria com autoridades da Itália confirmavam a agressão e certamente os depoimentos para a Polícia Federal vão esclarecer as agressões", disse Padilha em entrevista ao UOL.
Padilha ainda citou a tentativa de golpe em 8 de janeiro e disse que é hora de acabar com a intolerância no Brasil. "Fizemos um grande esforço para estancar uma tentativa de golpe que teve no país, que cada vez mais vamos vendo que foi planejada", afirmou o ministro.
Os suspeitos de terem hostilizado o ministro Alexandre de Moraes, são o casal Roberto Mantovani Filho e Andreia Mantovani , e o genro, Alex Zanatta Bignotto .
O casal prestou depoimento à Polícia Federal sobre o caso nesta terça-feira (18) . Eles negaram ter agredido o ministro e confirmaram um 'empurrão' no filho de Moraes para afastá-lo.
Segundo informações da EPTV, filiada da Globo no interior de São Paulo, a defesa disse que Roberto admite ter dado um "empurrão" no filho de Moraes para defender a esposa. Os advogados relatam que o casal foi vítima de ofensas por parte do filho do ministro.
A defesa alega ainda que a confusão começou por falta de vagas na área VIP do aeroporto de Roma, onde as duas famílias aguardavam um voo. O casal teria visto o ministro na recepção da sala e outras pessoas o ofendendo. Em seguida, Andreia teria dito que "para político tem lugar, mas para pessoas com duas crianças de colo não tem".
Eles relatam então que o filho do magistrado começou a ofender Andreia Mantovani, o que fez com que Roberto afastasse com o braço o rapaz de sua esposa.
O casal teria dito que o filho de Moraes perguntou se Roberto "queria briga", e ele teria respondido que apenas queria defender Andreia.
Moraes disse em depoimento à PF que Roberto Mantovani Filho, "passou a gritar e, chegando perto do meu filho, Alexandre Barci de Moraes, o empurrou e deu um tapa em seus óculos. As pessoas presentes intervieram e a confusão foi cessada".
O ministro deu uma palestra na Universidade de Siena, onde participou de um fórum internacional de direito na semana passada.
O magistrado disse ainda que alertou os hostilizadores que seriam "fotografados para identificação posterior, tendo como resposta uma sucessão de palavras de baixo calão" e afirmou que Andreia ainda o chamou de “bandido, comunista e comprado”.
No sábado (15), a Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar três pessoas que hostilizaram o ministro. Além disso, o Ministério Público Federal (MPF) afirmou que vai 'tomar medidas cabíveis' sobre as agressões.