Lula tirou Daniela do Turismo e colocou Celso Sabino
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Lula tirou Daniela do Turismo e colocou Celso Sabino


Nesta quinta-feira (13), o Palácio do Planalto anunciou a mudança no comando do Ministério do Turismo. A deputada Daniela Carneiro (União Brasil-RJ) deixará o cargo, e o deputado Celso Sabino (União Brasil-PA) será o novo responsável pela pasta.

Daniela Carneiro obteve um número expressivo de votos, com 213.706 nas eleições do ano passado, tornando-se a deputada mais votada do Rio de Janeiro. Por sua vez, Celso Sabino recebeu 142.326 votos, sendo o oitavo deputado mais votado em seu estado.

Essa mudança ocorre em um momento em que o governo busca aprovar pautas prioritárias no Congresso Nacional, como a reforma tributária, o novo marco fiscal e um projeto que beneficia a União no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

As trocas de ministros são comuns e podem ocorrer por diversos motivos, como polêmicas envolvendo o ministro, a necessidade de ampliar a governabilidade ou a insatisfação do presidente com os resultados entregues pelo ministério.

O controle de um ministério possui grande influência nas decisões políticas, o que justifica a disputa pelo comando dessas pastas. Além dos recursos destinados a projetos, há também a disponibilidade de cargos e a influência sobre empresas públicas vinculadas.

No caso específico de Daniela Carneiro, membros do partido União Brasil, pelo qual ela foi eleita, vinham pressionando pela sua saída do ministério.


Para entender melhor a disputa pelo comando do Ministério do Turismo, vale destacar alguns pontos relevantes:

  • Orçamento do ministério: O orçamento destinado ao Ministério do Turismo para este ano é de R$ 2,15 bilhões, de acordo com o Portal da Transparência. 
  • Quem é Daniela Carneiro: Conhecida como Daniela do Waguinho, é filiada ao partido União Brasil e é esposa do Waguinho Carneiro, prefeito de Belford Roxo (RJ) e uma figura política influente na Baixada Fluminense. A região é estratégica para o PT, que busca se fortalecer no local.
  • Obstáculos para a mudança: A nomeação de Celso Sabino enfrentou alguns obstáculos, especialmente em relação à Embratur, órgão vinculado ao Ministério do Turismo. O partido União Brasil, ao qual Sabino pertence, pleiteava o comando do setor, atualmente ocupado pelo ex-deputado Marcelo Freixo (PT-RJ), que concorreu ao governo do Rio no ano passado. O governo concordou em negociar o comando do Turismo, mas excluiu a Embratur das conversas.
  • Cobrança do próprio partido: Em abril, Daniela Carneiro solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sua desfiliação do União Brasil sem perder o mandato, alegando ter sofrido assédio por parte da direção nacional da legenda. Desde então, o partido tem cobrado sua saída, argumentando que sua permanência seria uma escolha pessoal de Lula. Além disso, membros do União Brasil têm exigido maior espaço no governo, citando as indicações de aliados feitas pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), como Waldez Góes (Integração) e Juscelino Filho (Comunicações).
  • União Brasil e a base do governo: A posição do União Brasil em relação à base do governo não é clara. O governo busca o apoio do União Brasil devido à sua terceira maior bancada na Câmara, composta por 59 deputados.
  • Papel de Arthur Lira: Celso Sabino desempenhou um papel importante nas campanhas de Arthur Lira para a presidência da Câmara tanto em 2021 quanto em 2023.

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