O coach e influenciador Pablo Marçal é alvo de uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta quarta-feira (5) por suspeita de crimes eleitorais e lavagem de dinheiro. Marçal tem mais de 5,1 milhões de seguidores no Instagram e ganhou notoriedade no meio político no ano passado, quando se lançou candidato a presidente pelo PROS (Partido Republicano da Ordem Social).
À Justiça Eleitoral, ele declarou ter um patrimônio de mais de R$96 milhões. Entre os bens dele estão um apartamento, ações, fundos de investimento e participações societárias, conforme o portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O partido oficializou o nome dele para disputar a vaga no Planalto em 2022, durante um evento em São Paulo. A candidatura, no entanto, foi cancelada pelo TSE, mantendo a decisão da cúpula da legenda, que optou pela retirada do nome dele para concorrer à presidência.
Depois disso, ele se lançou candidato a deputado federal, mas também teve o registro negado pela Corte Eleitoral devido à falta de documentos.
Nas eleições, ele declarou apoio ao então candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). Em publicação feita nas redes sociais, o coach afirmou que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Haddad (PT), que concorria ao governo de São Paulo, podiam "correr para a Venezuela".
Nas últimas semanas, o nome de Marçal voltou a ser citado após a repercussão da morte de um técnico de audiovisual por descarga elétrica depois de cair de uma altura de quase três metros de um dos estúdios do influenciador.
O caso ocorreu pouco depois de Bruno da Silva Teixeira, de 26 anos, morrer após sofrer uma parada cardíaca enquanto corria uma maratona de rua realizada pelo grupo comandado por Marçal, em Alphaville (SP).
Operação da PF
Investigações feitas pela PF apontam que Marçal e um sócio dele fizeram doações à campanha do coach à presidência e à Câmara, mas parte desses valores teria sido destinada às próprias empresas dos quais eles são proprietários.
A Polícia Federal cumpriu sete mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados e nas sedes das empresas supostamente envolvidas.