O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (30) que foi perseguido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ao ser condenado e ser penalizado a oito anos de inelegibilidade. O posicionamento ocorreu ao conversar com jornalistas ao desembarcar em Brasília.
“Não há dúvida que é uma perseguição e uma ideia de esconder algo que aconteceu nas eleições de 2018”, declarou. O antigo mandatário do país relatou que “sempre defendeu o voto impresso”, por isso não considera que seja um posicionamento recente.
“Em entrevista em 2017, me perguntaram qual legado eu queria deixar para o Brasil. Eu era deputado ainda. Eu disse: ‘a aprovação do voto impresso’. É crime querer o aperfeiçoamento do processo eleitoral?”, indagou.
Bolsonaro inelegível
O Tribunal Superior Eleitoral condenou Bolsonaro pela propagação de informações falsas sobre as urnas eletrônicas. Com isso, o ex-presidente ficará inelegível pelos próximos oito anos. O julgamento encerrou com o placar de 5 a 2 contra o antigo mandatário do país.
O capitão da reserva atacou o sistema eleitoral brasileiro em uma reunião com embaixadores em junho de 2021. Na visão da Corte Eleitoral, o ex-governante cometeu abuso de poder político ao transmitir a reunião na TV Brasil, emissora estatal do governo federal.
Além do relator, ministro Benedito Gonçalves, os magistrados Floriano Marques Neto, André Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre Moraes votaram pela condenação. Os ministros Raul Araújo e Kassio Nunes Marques abriram divergência e pediram a absolvição do ex-presidente.
Na visão do relator, Jair Bolsonaro cometeu erro grave de uso indevido dos meios de comunicação ao transmitir reunião com teor de descrédito ao sistema eleitoral brasileiro.
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