Monark
Reproducao: Youtube
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O influenciador digital Monark afirmou nesta quinta-feira (29) que não estimulou atos golpistas e terroristas entre dezembro de 2022 e janeiro deste ano em Brasília. Em depoimento prestado à Polícia Federal, o comunicador declarou que não tem certeza se houve fraude nas eleições do ano passado.

“Que afirma ser falso o incentivo à invasão ao congresso e aos prédios públicos; Que não estimulou a manifestação e afirma que suas falas no tweet sobre a manifestação foram apenas sentindo empatia pelos sentimentos de revolta que alguns manifestantes demonstravam; Que, em momento algum, incentivou a manifestação e a depredação”, diz trecho do depoimento.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a PF tomasse o depoimento de Monark em relação ao inquérito que apura as ações antidemocráticas de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ).

O magistrado da Corte também ordenou que o influenciador parasse de disseminar fake news sobre o trabalho do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Caso o apresentador digital não cumpra a decisão de Moraes, ele terá que pagar uma multa de R$ 10 mil.

Monark afirmou que o TSE censura cidadãos brasileiros, mas relatou que não sabe se houve fraude nas urnas eletrônicas durante as eleições de 2022.

“Que, questionado se acredita que, em suas palavras, o TSE praticou ‘maracutaia’para influenciar nos resultados das eleições, respondeu que acredita que, dado o contexto de como ocorreram as eleições, desconfia que não houve transparência; Que não tem certeza de que houve fraude, mas como cidadão tem essa desconfiança”, relatou à PF sobre o depoimento.

Moraes e as contas bloqueadas de Monark

No dia 14 de junho, Moraes já tinha mandado bloquear as contas do podcaster em cinco plataformas de redes sociais e aplicativos. O magistrado alegou que o influenciador estava compartilhando informações falsas sobre o STF e o Tribunal Superior Eleitoral, além de ter descumprido uma determinação de bloqueio anteriormente estabelecida.

A medida atinge os perfis de Monark no Instagram, Telegram, Twitter, Discord e Rumble. As contas no Twitter e Instagram já foram bloqueadas.

O ministro justificou sua decisão afirmando que é necessário interromper qualquer propagação de discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática por meio do bloqueio das contas em redes sociais.

A determinação de Moraes foi tomada após a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE informar que Monark conduziu uma entrevista com o deputado federal Filipe Barros (PL-PR), na qual foram disseminadas "notícias falsas sobre a integridade das instituições eleitorais".


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