O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá se reunir nesta quarta-feira (28) com os ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino , e o ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Marcos Amaro , às 16h30 no Palácio do Planalto. Eles devem para discutir quem ficará no comando da segurança presidencial, a Polícia Federal ou o GSI.
O GSI gostaria de voltar a ter o controle total da função, como era no governo anterior, enquanto a Polícia Federal quer permanecer à frente da segurança de Lula. O presidente tem até sexta-feira (30), prazo estabelecido no decreto que dividiu o trabalho entre as duas instituições, para tomar uma decisão.
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) afirmou, em janeiro deste ano, que a presença de militares na segurança do Presidente da República é um “desvirtuamento de funções” que pode comprometer a democracia. Na última terça (27), a entidade reforçou o posicionamento.
Além da segurança de Lula, a PF também cuida do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e da primeira-dama Janja Lula da Silva desde a posse.
No dia 20 de junho, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou a jornalistas que o comando da segurança presidencial voltaria para o GSI, mas que Lula integraria agentes da PF na equipe.
“É o GSI quem vai fazer [a segurança], e o presidente terá a liberdade de fazer e convidar quem ele entender que deve compor, independentemente de ser da Polícia Federal, militar ou membro das Forças Armadas. Será montado modelo híbrido, sob coordenação do GSI”, disse Rui Costa.
O que é o GSI?
O GSI é responsável por auxiliar diretamente o presidente da República nas suas atribuições, especialmente nas questões militares e de segurança.
Entre as competências, também há a análise e o acompanhamento de assuntos com potencial de risco, a prevenção de ocorrências de crises e a coordenação do gerenciamento em caso de grave e iminente ameaça à estabilidade institucional.
O GSI cuida da segurança pessoal do presidente, do vice-presidente, de seus familiares, assim como dos palácios presidenciais e das residências oficiais.
O Gabinete de Segurança Institucional foi extinto durante o governo Dilma Rousseff (PT), mas foi recriado pelo então presidente Michel Temer (MDB) em 2016 e mantida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
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