A primeira-dama, Janja da Silva, afirmou nesta quarta-feira (28) que a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), será a próxima senadora do Paraná. A declaração foi feita numa postagem do perfil dela no Twitter. A deputada federal pode representar o Partido dos Trabalhadores, caso o mandato de Sergio Moro (União Brasil-PR) seja cassado e tenha uma nova eleição no estado para o cargo.
“E o dia começou com uma excelente conversa essas duas mulheres maravilhosas! Ministra Anielle Franco e a futura senadora Gleisi Hoffmann”, escreveu a esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A fala da primeira-dama não é por acaso. O TRE-PR julgará as ações protocoladas pelo PL e pela Federação Brasil da Esperança, formada por PT, PCdoB e PV, que pedem a cassação e inelegibilidade de Moro pelos próximos oito anos.
Os partidos acusam o ex-juiz da Lava Jato por abuso de poder econômico, caixa dois, irregularidades em contratos e utilização indevida dos meios de comunicação.
Se Moro for cassado, a Justiça Eleitoral determinará uma nova eleição para senador do Paraná, o que permitirá que Gleisi concorra ao cargo, mesmo sendo deputada federal.
Além da presidente nacional do PT, Zeca Dirceu e Roberto Requião também se colocaram à disposição para entrarem na disputa.
Moro e o julgamento
Moro entrou na mira da justiça por conta das suas despesas durante a pré-campanha. Na ocasião, ele se colocou à disposição para concorrer à Presidência da República pelo Podemos.
Porém, em março do ano passado, ele deixou o Podemos e se transferiu para o União Brasil. No novo partido, ele não conseguiu viabilizar uma candidatura para presidente.
Depois de muita negociação, conseguiu concorrer ao cargo de senador. Inicialmente, transferiu o título de eleitor para São Paulo com o objetivo de concorrer no estado paulista. Mas a Justiça Eleitoral determinou que ele voltasse para o Paraná.
Os eleitores paranaenses escolheram Moro para representá-los, o que fez adversários questionarem o trabalho desenvolvido pelo ex-juiz durante a pré-campanha.
Por ter se colocado à disposição à Presidência da República, PT e PL afirmam que o senador teve uma despesa “desproporcional” e prejudicou “os demais concorrentes” ao Senado no Paraná.
Moro afirmou várias vezes que sua campanha seguiu a lei e que não há qualquer irregularidade. Também acusou o PT e PL de tentarem removê-lo do Senado no “tapetão”.
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