Jair Bolsonaro corre o risco de ficar inelegível
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Jair Bolsonaro corre o risco de ficar inelegível


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) criticou nesta quarta-feira (21) a ação contra ele que será julgada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a partir de quinta (22). Segundo o capitão da reserva, em entrevista para a CNN Brasil, o processo é uma “tempestade num copo d’água”.

“Eu não sei por que criar uma tempestade num copo d’água, apenas foi conversado com eles como funcionava o sistema eleitoral. Eu não falei a palavra fraude ali, no tocante às futuras eleições. Falei daquele inquérito da Polícia Federal de novembro de 2018 que até hoje não foi concluído ainda. Apenas isso. Qual o problema discutir esse assunto?”, indagou o Bolsonaro.

A Justiça Eleitoral vai julgar o ex-presidente por possível abuso de poder político e utilização irregular dos meios de comunicações durante um encontro com embaixadores, que ocorreu em julho do ano passado. O capitão da reserva propagou informações falsas do processo eleitoral do Brasil.

“No meu entender, não justifica uma reunião com embaixadores mover uma ação para tirar os direitos políticos, no caso da minha pessoa”, completou Bolsonaro.

Bolsonaro explica reunião

Na ocasião, Bolsonaro fez acusações contra ministros do STF, mas não apresentou nenhuma prova. Também disseminou informações falsas sobre o resultado das eleições de 2018.

“Tenho centenas de vídeos de eleitores que, ao apertarem meu número nas urnas, aparecia o voto para outro candidato. Ao apertarem o 7, aparecia o 3. Não vi ninguém falando do outro lado. Estou falando antes para que haja tempo de consertar pelo TSE”, falou o ex-presidente.

“Por que eu convidei os embaixadores e não convoquei? Porque dois meses antes, aproximadamente, o ministro do STF Edson Fachin, que compunha o TSE, reuniu-se também com aproximadamente 65 embaixadores e falou sobre eleições, sobre o sistema eleitoral e mandou uma mensagem muito parecida com o seguinte: ‘Tão logo o TSE anuncia o resultado das eleições, vocês façam sugestões junto ao respectivo chefe de Estado para que o reconhecimento do eleito se faça imediatamente'”, comentou.

“Então, convidei os embaixadores, em torno de 60 apareceram, ou seus representantes, e falei sobre o sistema eleitoral brasileiro, como ele é na prática. E teci comentários sobre o inquérito de novembro de 2018 que começou e não foi concluído sobre possíveis fraudes nas eleições de 2018. Isso o que aconteceu. Então as possíveis críticas e observações não foram ataques, foram a resposta que eu dei ao ministro Fachin”, finalizou.


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