O senador Rogério Carvalho (PT-SE) pediu a convocação de um sócio do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na CPMI do 8 de janeiro, que investiga os atos golpistas em Brasília . A comissão deve ter uma nova reunião amanhã (1º) às 9h.
O requerimento foi apresentado na última terça-feira (31) por Carvalho. O senador pediu que prestasse depoimento o influenciador Paulo Generoso , que abriu a empresa Braz Global Holding LLC em sociedade com o filho do ex-presidente. Ainda, outro alvo da solicitação é Raquel Brugnera, ex-servidora do governo de Jair Bolsonaro e sócia de Generoso em outras duas empresas.
Os dois ainda são os fundadores do Movimento República de Curitiba, criado em 2016 em apoio a Operação Lava Jato. O movimento também apoiou a eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018 e no ano passado.
Segundo reportagem investigativa feita pela Agência Pública em parceria com o UOL e o CLIP (Centro Latinoamericano de Investigação Jornalística), os empresários e o deputado possuem ações na Braz Global Holding LLC , que foi criada no dia 18 de março deste ano.
Paulo Generoso foi alvo da CPI da Covid-19 e das CPI e CPMI das Fake News, além de ser apoiador assumido dos atos de 8 de janeiro.
Ao ser questionado pela reportagem, Eduardo preferiu não responder aos questionamentos. "Por que vocês estão me investigando? […] Eu estou traficando droga? Eu estou roubando alguém? É corrupção?", disse o parlamentar a Dal Piva.
No mesmo endereço em que a Braz Global atua, outras duas companhias possuem trabalhos ativos — a Liber Group e o Instituto Liberdade. Todas as três foram abertas em datas próximas, mas apenas a Braz Global possuí sociedade com Eduardo. As outras duas empresas são de Generoso, André Porciúncula e de Raquel Brugnera.
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