Montagem com Mauro Cid e Michelle Bolsonaro
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Montagem com Mauro Cid e Michelle Bolsonaro

Mensagens obtidas no celular o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) revelam que o tenente-coronel Mauro Barbosa Cid  teria orientado  transações em dinheiro vivo para pagamento de despesas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e de parentes e amigos.

As mensagens, obtidas pela Polícia Federal , mostram Mauro Cid instruindo as assessoras a depositarem valores em uma conta bancária de Michelle.

As informações foram divulgadas hoje pela Tv Globo e revelam uma comunicação frequente entre os funcionários da Ajudância de Ordens da Presidência da República  para realização de pagamentos -- feitos em dinheiro vivo e de forma fracionada, dificultando a identificação dos remetentes do dinheiro.

Segundo um relatório da Polícia Federal enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), há indícios de desvio de recursos públicos, cujo valor ainda está sendo apurado.

O ministro Alexandre de Moraes autorizou a quebra do sigilo fiscal e telemático de sete pessoas para investigar possíveis irregularidades nessas transações.

A investigação teve início em 2021, após a quebra de sigilo das mensagens de Mauro Cid, que está sendo investigado no inquérito sobre o vazamento de dados sigilosos relacionados ao sistema eleitoral.

Recentemente, Mauro Cid foi preso sob suspeita de falsificar comprovantes de vacinação para ele, sua família, Bolsonaro e a filha do ex-presidente.

As mensagens revelam que os funcionários da Ajudância de Ordens solicitavam o pagamento de despesas da então primeira-dama Michelle Bolsonaro e de seus parentes, enviando comprovantes de depósitos financeiros em um grupo de aplicativo de mensagens.

Entre os pagamentos mencionados, estão depósitos para uma amiga de Michelle, Rosimary Cardoso Cordeiro , totalizando R$ 10.133,06, e depósitos diretamente para Michelle e para Maria Helena Braga, cônjuge de um tio de Michelle, somando R$ 8,6 mil e R$ 8.520, respectivamente.

Também foi mencionado o pagamento de um boleto de despesa médica da tia de Michelle, no valor de R$ 950,27.

No relatório da Polícia Federal , é destacado que 'Mauro Cid enviou uma orientação no grupo' , supostamente vinda do presidente Jair Bolsonaro, para que o pagamento do boleto fosse feito em dinheiro para evitar interpretações equivocadas.

Além disso, há registros de pagamento de boletos de plano de saúde de Yuri Daniel Ferreira Lima, irmão de Michelle, em resposta a solicitações feitas pela própria Michelle.

A Polícia Federal conclui, com base nas mensagens, que os recursos saíram da conta pessoal de Jair Bolsonaro . A investigação continua e novas informações podem surgir no decorrer do processo.

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