Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, ficou detido desde janeiro
Valter Campanato/Agência Brasil
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, ficou detido desde janeiro

Após  deixar o 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal (4º BPM), no Guará, o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (DF) e ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, partiu, em comboio, em direção ao condomínio Ville de Montagne, no Lago Sul.

A liberação de Torres se deu após decisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após quase quatro meses detido.

Torres chegou em casa pouco antes das 22h desta quinta-feira (11). De forma discreta, o ex-ministro entrou no residencial ainda dentro do carro e não falou com a imprensa. A casa ficou com as luzes apagadas na maior parte da noite.

Anderson ganhou liberdade provisória, com monitoramento eletrônico. Ele está proibido de deixar o DF; de manter contato com os demais investigados; de usar redes sociais; e ficou determinado o afastamento do cargo que ocupa da Polícia Federal (PF). O descumprimento de qualquer uma das medidas alternativas implicará na revogação e decretação da prisão.

Segundo informações do portal Metrópoles, a vizinhança ficou dividida quanto ao retorno de Anderson ao Ville de Montagne. “Aqui, é metade bolsonarista e metade lulista”, disse uma moradora, que mora no condomínio desde 1996 e preferiu não se identificar. 

Uma vizinha que mora na casa vizinha à de Anderson estendeu a bandeira do Partido dos Trabalhadores (PT). “Já que é para recepcionar que seja com tapete vermelho”, comentou em tom de deboche.

Torres estava preso desde o dia 14 de janeiro, por suposta omissão durante atos golpistas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 8 de janeiro, na sede dos Três Poderes, em Brasília. 

“As razões para a manutenção da medida cautelar extrema em relação a Anderson Gustavo Torres cessaram, pois a necessária compatibilização entre a Justiça Penal e o direito de liberdade demonstra que a eficácia da prisão preventiva já alcançou sua finalidade, com a efetiva realização de novas diligências policiais, que se encontravam pendentes em 20/4/2023”, escreveu Moraes na decisão.

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