O relator do PL das Fake News , o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), disse nesta terça-feira (9) na Câmara que o Telegram “espalha mentiras”. A fala ocorreu após a plataforma enviar aos seus usuários uma mensagem contra o projeto de lei que é analisado pela Casa.
"Eu venho aqui a essa tribuna manifestar minha indignação com a onda que começou no Brasil hoje com o Telegram", criticou. Uma empresa multinacional que abusa da sua estrutura de serviço de mensagem e difunde mentiras acerca do Parlamento brasileiro. O Telegram espalha mentiras no Brasil afirmando que o Parlamento brasileiro quer aprovar censura, quer acabar com a democracia. Isso é escandaloso".
O deputado também revelou no plenário que o Telegram nunca se colocou à disposição para debater qualquer tema sobre o PL das Fake News. Orlando Silva declarou que a empresa agora quer “intervir no debate”.
"Essa Casa tem legitimidade popular para decidir o que quiser acerca de temas que fortaleçam a democracia. Que acabe com fake news, que acabe com desinformação, que impeça que a internet continue sendo lugar para perpetrar crimes contra criança, crimes contra a democracia. Por isso a minha indignação. É inaceitável a conduta do Telegram e vamos acionar a justiça pra impedir abuso", completou.
Mensagem do Telegram
O Telegram afirmou em mensagem enviada aos seus usuários que "a democracia está sob ataque no Brasil". A empresa ainda acusou a Câmara dos Deputados de incluir no texto final da proposta ao menos 20 artigos que "nunca foram amplamente debatidos".
O Telegram disse também que o documento “permite que o governo limite o que pode ser dito online ao forçar os aplicativos a removerem proativamente fatos ou opiniões que ele considera ‘inaceitáveis’”.
Para provar tal ponto, a plataforma argumentou com a última suspensão que ocorreu por “não respondeu a uma solicitação”, e disse que caso o PL estivesse em vigor, o aplicativo seria “imediatamente bloqueado”.
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