Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
Waldemir Barreto/Agência Senado - 02.05.2023
Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)

O Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ) condenou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Rômulo Quintino (PL-PR), de Cascavel por divulgar vídeos que associam do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao " demônio " na época das eleições de 2022 .

Cascavel havia gravado uma publicidade em que tirava uma fala de Lula de contexto. “Eu estou falando com o demônio e o demônio está tomando conta de mim”, era a frase do petista. 

Flávio Bolsonaro compartilhou o vídeo e escreveu: : “Marque seu pastor, padre, rabino nos comentários. Envie este vídeo a sua liderança religiosa e pergunte o que ela pensa disso. A guerra é também espiritual.” 

A frase retirada de contexto aconteceu em agosto de 2021, durante um encontro de Lula com representantes do movimento negro em Salvador. 

“E nas redes sociais do bolsonarismo, eles estão dizendo que eu tenho relação com o demônio, que eu estou falando com o demônio e o demônio está tomando conta de mim. Mas é uma campanha massiva, é uma campanha violenta como eles sabem fazer, do mal. Eles só sabem fazer isso", disse Lula.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal votaram por multar em R$ 5 mil o vereador e o senador por disseminar informações falsas contra Lula.

“A Justiça pode ser cega, mas não é tola. Nós não podemos, no TSE, fazer a política do avestruz, fingir que algo não aconteceu”, afirmou o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, em setembro do ano passado.

“Nós podemos criar óbices, mas não há dúvidas: é o ‘modus operandi’ das ‘fake news’. Um coloca, o outro joga, cai na rede, nunca mais sai. Claramente aqui (a intenção) é eleitoral”, acrescentou o magistrado.

Na última sexta-feira (5), a votação foi concluída. Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Benedito Gonçalves, Raul Araújo e Sérgio Banhos acompanharam a decisão de Moraes.

O único voto contrário foi da relatora do caso, Maria Claudia Bucchianeri, que pediu o arquivamento do processo justificando que as publicações já foram apagadas.

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