Bolsonaro foi alvo de uma operação da PF sobre suposta fraude no cartão de vacinação
Estevam Costa/PR
Bolsonaro foi alvo de uma operação da PF sobre suposta fraude no cartão de vacinação


A Prefeitura de São Paulo registrou um boletim de ocorrência contra após encontrarem, no sistema ConectSUS, que  Jair Bolsonaro (PL) se vacinou contra a Covid-19 na cidade em 2021. O B.O foi feito no dia 9 de janeiro deste ano. 

As informações que constavam na plataforma davam conta de que o ex-presidente da República havia se imunizado contra a doença no dia 19 de julho de 2021, na UBS do Parque Peruche (Zona Norte) e com uma dose da Janssen. 

Contudo, na data da vacinação registrada no sistema do Ministério da Saúde o ex-chefe do Executivo estava em Brasília. A UBS localizada na Zona Norte da capital paulista pontuou que nunca atendeu Bolsonaro, e a suposta pessoa que aplicou a vacina nele nunca trabalhou no local. 


Jair esteve em São Paulo até o dia 18 de julho de 2021, quando ficou cinco dias internado na cidade por conta de uma obstrução intestinal. Após receber alta hospitalar, ele viajou de volta para o Distrito Federal. 

 A suposta vacina de Bolsonaro foi registrada no Conect SUS em 14 de dezembro de 2021. O boletim de ocorrência relacionado à suspeita de fraude foi feito por funcionários do Programa Municipal de Imunicação de São Paulo.

A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) investigam esta, que seria a terceira fraude de carteira de vacinação do ex-presidente do Brasil.  Os outros dois casos dizem respeito à unidade da saúde da cidade de Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro.

Operação da Polícia Federal

Nesta quarta-feira (3), a PF realizou operação de busca e apreensão em um endereço ligado a Bolsonaro em Brasília , no Jardim Botânico, onde ele mora com Michelle Bolsonaro. Na ocasião, o  celular de Bolsonaro foi apreendido pelos agentes.

A corporação cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, no Rio de Janeiro e em Brasília. Todas as prisões foram realizadas até as 7h.

As ações são parte da chamada Operação Venire, que investiga a prática de crimes na inserção de dados falsos sobre a vacinação contra a Covid-19 nos sistemas públicos do Ministério da Saúde.

O objetivo da fraude seria garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e assessores nos Estados Unidos, que pede a vacinação obrigatória para entrar no país. O ex-presidente ficou três meses no país,  deixando o Brasil em 30 de dezembro de 2022 e  retornando somente em 30 de março deste ano.

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