O ministro Alexandre de Moraes , do Supremo Tribunal Federal ( STF ), votou para tornar réus mais 250 denunciados nos atos golpistas de 8 de janeiro . Até o momento, 300 pessoas já foram julgadas pelos ministros da Corte . A votação ocorre em plenário virtual da Corte e deve ser encerrada às 23h59 do dia 8 de maio.
Este é o terceiro conjunto de denunciados que são julgados pela Corte. Em 24 de abril 100 pessoas tornaram-se réus, ontem (2), mais 200 acusados também tornaram-se réus. Todos os votos ocorreram na modalidade virtual, onde os ministros depositam os votos de forma eletrônica e não há deliberação presencial.
Atualmente, 294 pessoas estão presas em decorrência dos atos golpistas de 8 de janeiro. Dentre eles, 86 mulheres e 208 homens. No dia seguinte da invasão, a Polícia Federal prendeu em flagrante 2.151 pessoas.
As denúncias foram feitas pela Procuradoria Geral da República (PGR). O órgão apresentou ao Supremo 1.390 denúncias pela participação nos atos.
Na tarde de 8 de janeiro, os prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos e depredados por bolsonaristas. Eles protestaram contra a vitória de Lula e o uso das urnas eletrônicas.
300 réus
No dia 24 de abril, os ministros do STF decidiram tornar réus os primeiros 100 denunciados . O placar do julgamento foi finalizado com 8 votos que seguiram totalmente o relator pelo recebimento integral das denúncias. Os ministros André Mendonça e Nunes Marques seguiram parcialmente o relator.
Além do relator, ministro Alexandre de Moraes, votaram pelo recebimento das denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) os ministros Dias Toffoli, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Luiz Fux e a presidente, Rosa Weber.
O mesmo aconteceu na votação de mais 200 denunciados finalizada ontem . Os acusados tornaram-se réus e somente Mendonça e Nunes Marques divergiram do restante dos ministros.
A partir de agora, ações penais serão abertas, com depoimentos de testemunhas, novas provas e interrogatório dos réus. Ainda não há um tempo determinado para o julgamento dos denunciados ser concluído.
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