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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), relator do PL das Fake News , de “caboclo”. Em entrevista dada na segunda-feira (1°) ao programa Oeste Sem Filtro, no YouTube, ele criticou o parlamentar e o projeto de lei.

"Quem é o relator? É um caboclo do Partido Comunista do Brasil. Esse cara tá preocupado com liberdade? Não tá preocupado", declarou.

O termo “caboclo” pode ser usado para falar de indivíduos mestiços, que são filhos de branco ou negros com indígenas. Porém, a palavra pode ser usada de maneira pejorativa para tratar pessoas com pouca instrução.

O ex-presidente é conhecido por proferir falas preconceituosas contra minorias ao longo dos últimos anos.

Bolsonaro já afirmou que negros são pesados em arrobas e foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) pelo crime de racismo.

"Conseguiram te levantar, pô? Tu pesa o quê, mais de 7 arrobas, não é?", declarou a um apoiador quando ainda era presidente da República.

PL das Fake News

O deputado federal Orlando Silva , relator do PL das Fake News , pediu nesta terça (2) ao presidente da Câmara , Arthur Lira (PP-AL), a retirada da pauta do projeto. A votação do texto ocorreria hoje, porém, sem votos suficientes para aprovação, o parlamentar optou por solicitar a remoção do documento.

A matéria altera regulamentações para a publicação e compartilhamento de informações nas redes sociais. O texto obriga as empresas a aumentarem as fiscalizações e pode responsabilizá-las judicialmente por postagens falsas.

A proposta ainda determina que as big techs paguem pelo conteúdo jornalístico oferecido por empresas abertas a mais de dois anos e que contam com apurações. Elas ainda deverão criar campanhas para evitar notícias falsas na internet.

A votação da matéria estava prevista para esta terça-feira, mas com a pressão de big techs, parlamentares recuaram e passaram a desaprovar o texto, o que representaria uma derrota para o presidente da Câmara, Arthur Lira.

Lira pretende colocar o texto no plenário até a próxima terça-feira (9), só que tudo dependerá das negociações no Congresso.


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