Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP)


O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filhos do ex-presidente da República, teceram comentários a respeito da operação da Polícia Federal contra  fraudes de cartões de vacinação contra a Covid-19 que foi deflagrada nesta quarta-feira (3). 

No plenário da Câmara dos Deputados, Eduardo afirmou que a ação da PF na residência do ex-presidência em Brasília foi um "esculacho", e que seu pai sempre expôs que não se vacinou contra a Covid-19. 

"A Polícia Federal vai à casa dele para ver se ele foi vacinado sendo que, público e notoriamente, sempre falou que nunca tomou a vacina", disse o parlamentar. 

"A pergunta que fica é por que Bolsonaro teria motivos para falsificar o cartão de vacina? Por que a Polícia Federal não poderia pedir informações ao presidente para dar as explicações por escrito ou ir à Polícia Federal dar esse testemunho? Para que a necessidade de fazer esculacho?", questionou.


Flávio, por sua vez, destacou que não fazia sentido Jair adulterar o cartão de vacinação, e seu argumento foi o mesmo exposto por seu irmão: o de que seu pai sempre deixou claro que não tomou nenhuma das doses dos imunizantes contra a doença. 

"Alguns países exigiam que se apresentasse o comprovante, mas ele, como presidente, como chefe de Estado, nunca precisou apresentar cartão em lugar nenhum. Nunca tirou do bolso nada para comprovar que ele tivesse vacinado. Até porque era público que ele não tinha tomado vacina e ele arcou com o ônus e bônus disso. Então, não faz nenhum sentido o Bolsonaro adulterar um cartão de vacinação", pontuou em sessão no plenário do Senado. 

O senador disse ainda que a operação da Polícia Federal foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sem necessidade. Ele disse ainda que a ação foi uma "pescaria" para tentar enquadrar o ex-presidente. 

“É uma espécie de pescaria. Você joga uma rede, joga uma tarrafa, puxa e vê o que vem agarrado nela. Como não conseguem achar nada, 'vamos tomar o telefone dele, vamos à casa dele, para ver se a gente acha algo que pode incriminá-lo por qualquer coisa."

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