O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não quis prestar depoimento à Polícia Federal nesta quarta-feira (3) sobre a investigação de um grupo que teria falsificado certificados de vacinação contra o coronavírus.
Bolsonaro estava com depoimento marcado para às 10h. Mais cedo, por volta das 7h30, a Polícia Federal realizou um mandado de busca e apreensão na residência do ex-presidente. A corporação levou os celulares da ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro e do ex-mandatário .
A PF cumpre 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, no Rio de Janeiro e em Brasília. Todas as prisões já foram realizadas até as 7h.
Entre os alvos de prisão está o tenente-coronel Mauro Cid, o policial militar Max Guilherme, o militar do Exército Sérgio Cordeiro, seguranças próximos do ex-presidente e o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.
A corporação investiga um grupo que falsificava dados de vacinação contra a Covid-19 no Ministério da Saúde entre novembro de 2021 e dezembro de 2022.
"Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid", afirma a Polícia Federal.
Bolsonaro nega fraude
Segundo o ex-presidente, ele e a filha Laura, de 12 anos, não tiveram o cartão de vacinação alterados.
"Não existe adulteração da minha parte. Eu não tomei a vacina, ponto final, nunca neguei isso", disse Bolsonaro.
"O que eu tenho a dizer a vocês? Eu não tomei a vacina. Uma decisão pessoal minha, depois de ler a bula da Pfizer, decidi não tomar a vacina. O cartão de vacina da minha esposa também foi fotografado, ela tomou a vacina nos Estados Unidos, da Janssen. E a outra, minha filha, Laura, de 12 anos, não tomou a vacina também, tem laudo médico no tocante isso", completou Bolsonaro.
Sobre os agentes da PF terem realizado uma operação na residência onde mora, o ex-presidente disse ter ficado "surpreso".
"No resto, eu realmente fico surpreso com a busca e apreensão por esse motivo. Eu não tenho mais nada a falar", afirmou o ex-presidente
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