O coronel da reserva do Exército Jorge Henrique Luz Fontes , responsável por chefiar o gabinete da secretaria-executiva do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), foi exonerado na manhã desta quarta-feira (26). A publicação foi feita na edição do Diário Oficial da União com a assinatura de Ricardo Cappelli , ministro interino da pasta.
Fontes estava no cargo desde fevereiro do ano passado, quando foi nomeado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Essa é a segunda mudança importante que ocorre na secretaria-executiva. Na semana passada, o general Ricardo José Nigri, chefe do setor, também foi exonerado.
Nigri era o número 2 do GSI, ficando abaixo apenas de Gonçalves Dias, ex-ministro do governo Lula, que pediu demissão do cargo depois que vídeos divulgados o mostraram no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro circulando ao lado dos bolsonaristas que participaram do ato terrorista.
A crise no GSI
A indefinição do GSI começou após a demissão do general Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro da pasta. O órgão é responsável por fazer a segurança do chefe do Executivo federal e também das residências presidenciais, como o Palácio do Planalto.
Atualmente, Ricardo Cappelli é o ministro interino do órgão. O presidente Lula ordenou que o atual comandante acelere o processo de troca dos servidores da pasta. O petista quer a retirada de militares nomeados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Um grupo do governo argumenta que Lula precisa transformar o GSI em uma secretaria e fique vinculada ao Ministério da Defesa ou da Justiça e Segurança Pública. Porém, há uma ala – na qual Alckmin faz parte – que defende o gabinete como uma pasta com status de ministério.
Alckmin defende manutenção do GSI
Na terça (25), o vice-presidente Geraldo Alckmin defendeu a manutenção do GSI. Na avaliação dele, o órgão não pode ser desmontado “porque houve erro”. Ele também declarou que é preciso investigar e punir possíveis militares da pasta que participaram da invasão ao Palácio do Planalto em 8 de janeiro .
Porém, Alckmin deixou claro que a decisão final sobre o futuro do GSI será de Lula. A manutenção – ou não – do órgão vai ser discutida pelo governo assim que o presidente da República chegar da Europa.
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