Alexandre de Moraes no evento
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Alexandre de Moraes no evento "Abril Indígena"


O ministro Alexandre de Moraes , presidente do Tribunal Superior Eleitoral , disse nesta quarta-feira (26) que a quantidade de indígenas concorrendo a cargos públicos está muito abaixo do necessário. Na avaliação dele, o TSE precisa encontrar soluções para incluir os povos originários nas eleições.

"É missão do Tribunal Superior Eleitoral garantir total inclusão. Que todos possam participar da mesma forma do pleito eleitoral, que todos se sintam representados nos parlamentos estaduais, no Congresso Nacional, nos executivos estaduais, municipais e federal", afirmou o magistrado no seminário “Abril Indígena”, organizado pela Corte.

"Tivemos, verdade que ainda muito aquém do necessário, nas eleições de 2022, um aumento significativo das candidaturas dos povos indígenas. Tivemos a eleição de duas deputadas federais e tivemos pela primeira vez a eleição de um governador que tem ancestrais indígenas, comprovadamente", acrescentou.

Sônia Guajajara quer mais indígenas na política

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara (PSOL-SP), participou do evento e reforçou o discurso do ministro Alexandre de Moraes. Na opinião dela, é fundamental que os poderes judiciário, executivo e legislativo encontrem soluções para que os povos originários estejam na política.

Ela relatou que o número de candidaturas de indígenas vem crescendo desde as eleições de 2014. Porém, mesmo com o avanço, a ministra apontou que ainda têm “pouca participação” dos povos originários no debate e definição de leis e políticas públicas do país.

"O Estado ainda nem conhece muito bem os povos indígenas. [...] É muito importante que a Justiça Eleitoral tenha um trabalho que contribua para fortalecer a participação indígena nos espaços legislativos e de governo. Podemos pensar em muitas parcerias nesse sentido, com o fortalecimento de campanhas, por exemplo", explicou.

Guajajara parabenizou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por dar espaço para o povo indígena. Ela comentou que, pela primeira vez, há um ministério específico para debater e apresentar políticas públicas para os povos originários.


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