O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou da comemoração do 49º aniversário da Revolução dos Cravos nesta terça-feira (25) no parlamento de Portugal . Durante discurso, o petista foi interrompido por deputados da extrema-direita do país. A data de hoje, 25 de abril, simboliza a queda da ditadura portuguesa, que ocorreu em 1974.
Em discurso, Lula criticou "políticos demagogos" que são contra à integração a europeia e voltou a falar da guerra na Ucrânia .
"Condenamos a violação da integridade territorial da Ucrânia . Acreditamos em uma ordem internacional fundada no respeito ao Direito Internacional e na preservação das soberanias nacionais (...). A guerra não poderá seguir definitivamente. As crises alimentar e energética são problemas de todo o mundo. Todos nós fomos afetados, de alguma forma, pelas consequências da guerra. É preciso falar da paz. Para chegar a esse objetivo, é indispensável trilhar o caminho pelo diálogo e pela diplomacia", discursou.
Ainda sobre a Ucrânia, Lula condenou a invasão e afirmou que "todos somos afetados de alguma forma, pelas consequências da guerra" e pediu paz por meio da diplomacia. "O Brasil compreende a apreensão causada pelo retorno da guerra à Europa. Condenamos a violação da integridade territorial da Ucrânia. Acreditamos em uma ordem internacional fundada no respeito ao Direito Internacional e na preservação das soberanias nacionais".
O presidente brasileiro afirmou ainda que soluções militares para os atuais problemas não têm um bom resultado e que é preciso ter diálogo para que haja negociação nos conflitos nacionais e internacionais.
"Quem acredita em soluções militares para os problemas atuais luta contra os ventos da História. Nenhuma solução de qualquer conflito, nacional ou internacional, será duradoura se não for baseada no diálogo e na negociação política", disse o presidente.
Enquanto Lula discursava, deputados do partido Chega, de extrema-direita portuguesa, protestaram, interrompendo o discurso e levantando cartazes que diziam: "chega de corrupção" e "lugar de ladrão é na prisão". Eles também levantaram a bandeira da Ucrânia.
O presidente do Parlamento, Santos Silva (Partido Socialista português), pediu respeito. "Chega de insultos, chega de envergonhar as instituições, chega de envergonhar o nome de Portugal", disse o parlamentar.
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