Durante o Fórum Empresarial Portugal-Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma referência a declarações que causaram incômodo internacional sobre a guerra da Ucrânia . O chefe do Executivo disse que agora está "se dedicando inclusive a tentar parar e falar em guerra e construir a paz".
"O Brasil está de volta e está de volta para ser protagonista internacional. É por isso que eu estou me dedicando inclusive a tentar parar de falar em guerra e construir a paz para que a gente possa produzir para que a Humanidade possa viver melhor", disse Lula.
Ontem, em entrevista ao canal de notícias português RTP, Lula declarou que a Ucrânia é a “grande vítima da guerra” e que o Brasil precisa trabalhar para construir a paz.
“Há uma posição muito clara: o Brasil condenou a Rússia por invadir o espaço territorial da Ucrânia, ponto. […] O que o Brasil não quer é se alinhar à guerra. O Brasil quer se alinhar a um grupo de países que precisa trabalhar para construir a paz”, disse Lula ao RTP.
Durante viagem oficial à Abu Dhabi, Lula mencionou que os dois países, Rússia e Ucrânia , eram os culpados pela guerra.
“Eu penso que a construção da guerra foi mais fácil do que será a saída da guerra, porque a decisão da guerra foi tomada por dois países”, afirmou Lula durante coletiva de imprensa em Abu Dhabi.
Quando estava em Pequim, em 15 de abril, Lula ainda pediu para que os Estados Unidos país pare de "incentivar a guerra e comece a falar em paz".
"Eu acho que a China tem um papel muito importante, possivelmente seja o papel mais importante (em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia). Agora, outro país importante são os Estados Unidos. Ou seja, é preciso que os EUA parem de incentivar a guerra e comecem a falar em paz, para a gente convencer o Putin e o Zelenski de que a paz interessa a todo mundo. A guerra só está interessando, por enquanto, aos dois", apontou o presidente Brasileiro.
Ao veículo de notícias de Portugal, Lula negou ter pedido aos EUA ou a Europa para mudar de comportamento em relação à guerra.
“Nós nunca pedimos para que a Europa e os Estados Unidos tivessem outro comportamento. O que nós queremos é que eles também comecem a falar em paz”, afirmou.
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