Em Portugal, Lula diz que Ucrânia é a grande vítima da guerra

A declaração acontece após algumas falas do presidente brasileiro provocarem reações negativas na comunidade internacional

Presidente Lula
Foto: redacao@odia.com.br (IG - Último Segundo)
Presidente Lula

presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, no último sábado (22) que a Ucrânia é a “grande vítima da guerra” entrevista ao canal de notícias português RTP. O petista realiza a primeira viagem oficial à Europa nestes dias. Ele agora está em Portugal , onde assinou 13 acordos com a nação .

“Há uma posição muito clara: o Brasil condenou a Rússia por invadir o espaço territorial da Ucrânia, ponto. […] O que o Brasil não quer é se alinhar à guerra. O Brasil quer se alinhar a um grupo de países que precisa trabalhar para construir a paz”, disse Lula ao RTP.

A declaração acontece após algumas falas de Lula provocarem reações negativas na comunidade internacional. O petista tem sido acusado de estar favorável à Rússia após dizer que os dois países são culpados pelo conflito .

“Eu penso que a construção da guerra foi mais fácil do que será a saída da guerra, porque a decisão da guerra foi tomada por dois países”, afirmou Lula durante coletiva de imprensa durante viagem oficial à Abu Dhabi.

Quando estava em Pequim, em 15 de abril, Lula ainda pediu para que os Estados Unidos país pare de "incentivar a guerra e comece a falar em paz".

"Eu acho que a China tem um papel muito importante, possivelmente seja o papel mais importante (em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia). Agora, outro país importante são os Estados Unidos. Ou seja, é preciso que os EUA parem de incentivar a guerra e comecem a falar em paz, para a gente convencer o Putin e o Zelenski de que a paz interessa a todo mundo. A guerra só está interessando, por enquanto, aos dois", apontou o presidente Brasileiro.

Ao veículo de notícias de Portugal, Lula negou ter pedido aos EUA ou a Europa para mudar de comportamento em relação à guerra.

“Nós nunca pedimos para que a Europa e os Estados Unidos tivessem outro comportamento. O que nós queremos é que eles também comecem a falar em paz”, afirmou.

“Se todo mundo se envolve diretamente na guerra, a pergunta que eu faço é a seguinte: quem é que vai conversar sobre paz? Quem é que vai conversar com os governos que estão em guerra para discutir a paz? Quem é que vai dar esse passo?”.

Segundo Lula, para Ucrânia e Rússia entrar em negociação é preciso "construir uma narrativa que os convença de que a guerra não é a melhor saída para resolver os problemas”.

“Eu não acredito que essa guerra será infinita, que vai durar 100, 200 anos. Um dia ela vai ter que acabar. E ela vai acabar se os países do mundo resolveram discutir com os 2 países que estão em guerra”, declarou o petista.

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