Nove militares do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) prestaram depoimento à Polícia Federal neste domingo (23) para falar do trabalho feito por eles no ato terrorista de 8 de janeiro . Os servidores afirmaram que não realizaram nenhuma prisão dos golpistas do Palácio do Planalto porque estavam em “risco de vida”.
O GSI tem a responsabilidade de cuidar da segurança do presidente e do patrimônio da Presidência da República. A PF escutou os militares por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que é relator do inquérito do ato golpista.
Na quarta (19), Gonçalves Dias pediu demissão depois que foram divulgados vídeos em que o mostram andando entre invasores do Palácio do Planalto no ato terrorista de 8 de janeiro. As imagens da CNN Brasil exibem oex-ministro abrindo uma porta para os golpistas saírem do terceiro andar.
O vídeo também flagrou os nove servidores do GSI conversando, cumprimentando e oferecendo água para os bolsonaristas que invadiram o Palácio do Planalto.
A investigação da PF quer saber se os militares e o ex-ministro colaboraram com os golpistas. As imagens do circuito interno foram disponibilizadas pela GSI no sábado (22), também por determinação do ministro Moraes.
Por qual motivo os militares entregaram água?
Em um dos vídeos, o major José Eduardo Natale é flagrado entregando água aos golpistas. Em seu depoimento, ele disse que usou uma técnica de gerenciamento de crise. Também contou que os invasores entraram na cozinha de uma das salas da Presidência ordenando a entrega da água.
Os nove servidores disseram que eram muitos bolsonaristas no local e que não tinha gente suficiente do GSI para enfrentá-los. Por isso decidiram retirar os extremistas dos andares superiores sem qualquer conflito.
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