Margareth Menezes , ministra da Cultura , disse neste domingo (23) que dará a sugestão para que o governo federal construa um museu sobre o golpe militar de 1964. Em Lisboa, Portugal , ela revelou que teve ideia ao visitar o Museu do Aljube Resistência e Liberdade, espaço dedicado à memória do combate à ditadura do Estado Novo português, que terminou em 25 de abril de 1974.
“Vários lugares no mundo que já passaram por episódios sangrentos e traumatizantes como a ditadura possuem um museu ou memorial sobre o tema”, falou a ministra em entrevista para o jornal O Globo.
“Saio daqui hoje com a certeza de que temos que ter no Brasil um espaço para também contar essa nossa triste história com relação à ditadura, à discriminação racial, aos povos indígenas e às mulheres. Trazer a memória do sofrimento pelo qual a sociedade passa faz a gente valorizar a democracia e educar para que nunca mais aconteça”, completou.
A ministra confirmou que ficou muito sensibilizada ao fazer a visita no museu português, tanto que abraçou uma professora brasileira e chorou no local. Por conta disso, um dos seus objetivos ao voltar para o Brasil é apresentar a sugestão de criar um espaço dedicado às vítimas da ditadura militar.
“Isso mostra como precisamos fazer, no Brasil, realmente é ter sempre estas memórias. Hoje, eu visitando aqui, consigo perceber melhor o povo português. A maneira, a vida, entender melhor a transformação. Que bom quando a sociedade se une pela liberdade”, opinou.
Ditadura Militar no Brasil
A ditadura começou no Brasil em 1° de abril de 1964, quando militares deram um golpe de estado. O país ficou sob o regime até 1985, quando ocorreu a redemocratização.
Durante a ditadura, milhares de brasileiros que buscavam a democracia foram exilados, torturados ou assassinatos pelos militares.
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