Deputado nega crise no PL das Fake News após demissão de ex-ministro

Orlando Silva falou que projeto é de interesse de todos

O relator da proposta na Câmara, Orlando Silva (PCdoB-SP)
Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil
O relator da proposta na Câmara, Orlando Silva (PCdoB-SP)


O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) negou neste sábado (22) que a saída de Gonçalves Dias da chefia do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) não deve influenciar na votação do requerimento de urgência do projeto de lei das fake news . Em entrevista para o jornal Folha de S.Paulo, o parlamentar também deixou claro que CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) não irá mudar os rumos dos trabalhos do PL 2630/2020.

A expectativa de Orlando é que o requerimento seja lido já na quarta-feira (26) e passe a ser debatido em plenário. Para que o projeto seja aprovado, é preciso que 257 deputados votem a favor.

A proposta foi realizada pelo senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), que teve a aprovação do Senado Federal em 2020. Na Câmara, a relatoria ficou nas mãos de Orlando Silva e o texto sofreu diversas alterações ao longo dos últimos três anos. Se a lei for aprovada pelos deputados, o texto voltará para o Senado.

Orlando admitiu que a saída de Gonçalves Dias da GSI causou “instabilidade e tensão política”, mas que o projeto das fake news é uma tema que interessa base governista e oposição. “Por isso eu não acredito que haja qualquer interferência dos fatos recentes [na votação]“, opinou.

Demissão de GDias

Um vídeo divulgado pela CNN Brasil mostrou o general Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), no Palácio do Planalto junto com os bolsonaristas que invadiram o local no dia 8 de janeiro. Servidores da pasta foram flagrados dando água e cumprimentando os vândalos.

Por conta disso, opositores pressionaram Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para ler o requerimento que pede a abertura da comissão. O presidente do Senado atenderá o desejo da oposição, no entanto, o colegiado deve ser formado por maioria governista, que promete mirar em bolsonaristas que financiaram o ato golpista.

Com os vídeos vazados pela imprensa, Gonçalves Dias pediu demissão do cargo e passou a ser investigado pela justiça.


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