O ministro da Defesa, José Múcio, realizou na última quinta-feira (20) uma reunião de transição entre o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Gonçalves Dias e o ministro interino, Ricardo Cappelli .
O encontro ocorreu no Ministério da Defesa . O general relatou para Cappelli sobre a situação atual do Gabinete, enquanto Múcio intermediou a conversa para garantir a passagem de informações.
GSI e os atos golpistas
Dias pediu demissão após a divulgação de vídeos da área interna do Palácio do Planalto durante a invasão golpista no dia 8 de janeiro . Em um trecho da gravação, obtida pela CNN Brasil, é possível ver Dias orientando os responsáveis pelos atos a deixar o Planalto.
Segundo as filmagens, às 16h29, Gonçalves Dias andava pelo terceiro andar do Palácio, na antessala do gabinete do presidente da República. Ele tenta abrir duas portas e depois entra no local.
Minutos depois, o general aparece caminhando pelo mesmo corredor com alguns dos responsáveis pelos atos. As gravações sugerem, conforme a CNN, que ele indicava a saída de emergência ao grupo.
Depois, outros integrantes do GSI também aparecem nas imagens, parecendo indicar o caminho de saída aos invasores que estavam no terceiro andar do prédio.
As imagens mostram, em diversos momentos, funcionários do GSI e invasores circulando pelo Planalto.
O ex-interventor na Segurança Pública do Distrito Federal Ricardo Capelli foi nomeado como secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) interinamente na quarta-feira (19). Embora não oficialmente, Capelli tem status de ministro, substituindo o general Gonçalves Dias.
"Por determinação do presidente @LulaOficial, assumo interinamente o GSI com equilíbrio, firmeza e o compromisso de sempre com o Brasil", escreveu Capelli na sua conta oficial do Twitter.
O general Gonçalves Dias chegou à sede da Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (21) para prestar depoimento no âmbito de um inquérito que investiga os ataques aos prédios dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, em Brasília.
A oitiva foi uma determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator das investigações na Corte.
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