A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática , Marina Silva (Rede-SP), afirmou nesta quinta-feira (20) que conversou com o representante do governo dos Estados Unidos , John Kerry , para agradecer o interesse de contribuição de US$ 500 milhões para o Fundo Amazônia . Ela ainda declarou que os norte-americanos pretendem aumentar o repasse.
Segundo Marina, a contribuição não deve ficar restrita apenas ao fundo. O objetivo dos EUA é que se tenha recurso para toda a área ambiental do Brasil ao longo dos próximos meses.
Kerry declarou para a ministra que, além do compromisso inicial, o governo norte-americano tem a intenção de entregar para a área ambiental do Brasil US% 2 bilhões.
"Segundo o que conversei com John Kerry, isso é apenas o início dos esforços para que possamos fazer uma alavancagem, segundo ele, de algo em torno de US$ 2 bilhões, somando todas as frentes de atuação, não apenas para o Fundo Amazônia", explicou Marina.
O presidente John Biden anunciou nesta quinta a contribuição de US$ 500 milhões ao longo dos próximos cinco anos para o Fundo Amazônia. Só que os americanos trabalharão para conquistar mais verbas da iniciativa privada e de órgãos de filantropia.
"Eu vou pedir verbas para contribuir com US$ 500 milhões para o Fundo Amazônia e todas as outras atividades relacionadas ao clima nos próximos cinco anos para ajudar o Brasil a renovar seus esforços para acabar com o desmatamento até 2030", disse Biden durante fórum virtual sobre clima e energia dos Estados Unidos junto a líderes dos 26 países que mais emitem gases de efeito estufa. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também participou da reunião.
O que é o Fundo Amazônia?
O Fundo Amazônia foi criado em 2008 e recebeu ao longo da sua trajetória R$ 3,3 bilhões em doações. Porém, o programa não angaria fundos desde 2019 por conta dos problemas da gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Durante 10 anos, o fundo recebeu dinheiro da Noruega, da Alemanha, da Petrobras e de outras empresas nacionais.
Com o retorno de Lula ao poder, o chanceler alemão, Olaf Scholz afirmou que o governo da Alemanha destinará 203 milhões de euros para ações na Amazônia, sendo que 35 milhões vão direto para o fundo. O ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Espen Barth Eidea, que o país ajudará na reestruturação do projeto.
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