Manifestantes invadiram o Congresso, STF e Palácio do Planalto
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Manifestantes invadiram o Congresso, STF e Palácio do Planalto


O líder do governo na Câmara , José Guimarães (PT-CE), afirmou nesta quarta-feira (19) que a base governista vai “ajudar” nas apurações de uma possível CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito). A mudança no discurso ocorreu após o vazamento de um vídeo que mostra o ex-ministro da GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Gonçalves Dias , no Palácio do Planalto no ato terrorista de 8 de janeiro.

Guimarães admitiu que há grande chance da CPMI sair do papel e, caso isso ocorra, os partidos que apoiam o governo Lula serão “os primeiros” a apresentarem nomes para integrar a comissão.

“Se o Congresso quiser instalar a CPMI, estamos prontos para ajudar, inclusive para investigar", disse. "Vamos colaborar, vamos para dentro e vamos querer que a CPMI apure tudo para que a verdade seja cada vez mais explicitada para o país”, declarou o deputado.

O governo era contra a abertura da CPMI com o argumento que a oposição tinha como objetivo mudar a narrativa do ato golpista. O entendimento é que ninguém consegue prever como a comissão terminará e os trabalhos poderiam atrapalhar as votações do arcabouço fiscal e da reforma tributária.

Na próxima terça (25), o presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco, deverá ler o requerimento de instalação da CPMI. Se o documento tiver 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores, a comissão será instaurada.

Vídeo mudou posição do governo

Ao conversar com jornalistas, José Guimarães explicou que o governo mudou de opinião sobre a CPMI por causa do vídeo vazado em que mostra Gonçalves Dias no Planalto no dia 8 de janeiro.

"O vídeo que foi divulgado hoje não encobre nada daquilo que já está na consciência democrática do Brasil, que são os atos patrocinados por eles. Em função disso, nós queremos uma apuração ampla, geral e irrestrita, doa a quem doer. Ninguém brinca com a democracia", pontuou.

No entanto, o deputado deixou claro que não há qualquer compromisso do governo para apoiar formalmente à abertura da CPMI. Isso significa que dependerá da oposição para que a comissão saía do papel.


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