A PGR (Procuradoria-Geral da República) solicitou ao (Supremo Tribunal Federal), nesta sexta-feira (14), acesso a documentos relacionados à preparação da Polícia Militar do Distrito Federal para os ataques do dia 8 de janeiro.
O intuito do pedido é colher mais informações no âmbito da investigação sobre suposta omissão dos oficiais dacapital federal em relação aos atos antidemocráticos que tiveram como alvo a Praça dos Três Poderes.
Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR está intensificando as investigações sobre os agentes públicos e os financiadores das manifestações golpistas. A etapa anterior que foi encerada dizia respeito aos executores e incitadores das ações.
A solicitação foi elaborada por Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo de Combate do MPF, e enviada ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito na Suprema Corte.
De acordo com Frederico, análises iniciais apontam para três práticas dos policiais que puderam corroborar com os aos golpistas: o afastamento simultâneo dos principais oficiais da PM no período, a ausência de atuação efetiva dos seus substitutos e omissão dolosa das tropas que estavam em campo no momento das invasões aos prédios públicos.
Entre os documentos que a PGR deseja ter acesso, destacam-se o Protocolo de Ações Integradas (PAI) elaborado após reunião integrada realizada em 6 de janeiro, os pedidos de afastamentos registrados no período, relatórios de inteligência produzidos ou recebidos pelo Comando-Geral ou pelo Centro de Inteligência da PMDF, e os inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Corporação.
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