O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta quinta-feira (6) que não tem pressa para substituir o ministro Ricardo Lewandowski no Supremo Tribunal Federal (STF) . O chefe do Executivo assinou hoje a aposentadoria do magistrado .
Lewandowski terá a aposentadoria oficializada a partir da próxima terça-feira, 11 de abril. Em entrevista a jornalistas nesta quinta, Lula afirmou que, neste momento, não está preocupado com a decisão de quem irá substituir o ministro .
O presidente citou ainda que tem mais opções comparado aos outros mandatos. Ele não quis dar detalhes sobre o perfil que será escolhido.
"Acho que tem mais gente preparada para ir à Suprema Corte do que tinha quando eu tive que escolher há 13 anos. Se eu for responder o que você [jornalista] perguntou, eu estarei criando um compromisso que não quero criar agora. Se vai ser negro, se vai ser mulher, se vai ser homem”, disse Lula.
O presidente disse ainda que a indicação será feita por ele e não será feita por interesse. “Ministro da Suprema Corte tem que ser uma pessoa que leva em conta e cumpre a Constituição”, disse.
“Será uma pessoa altamente gabaritada do ponto de vista jurídico. A pessoa tem que ter uma compreensão do mundo, dos problemas sociais, da realidade desse país. Tem que ter o mínimo de sensibilidade social para assumir uma postura dessas. Porque é muita responsabilidade”, finalizou Lula.
Lewandowski adiantou aposentadoria
Em maio, Lewandowski completa 75 anos, idade-limite para permanecer no cargo. O ministro, porém, optou por antecipar em um mês a sua aposentadoria.
"Eu pedi que a minha aposentadoria fosse tornada efetiva a partir do dia 11 de abril. Esta minha antecipação se deve a compromissos acadêmicos e profissionais que me aguardam. Eu agora encerro um ciclo da minha vida e vou iniciar um novo ciclo", disse o ministro na última semana.
Lewandowski disse que não conversou com o presidente sobre possíveis nomes para ocupar sua cadeira.
"Penso que meu sucessor deverá ser fiel à Constituição, fidelíssimo à Constituição, aos direitos e garantias fundamentais nas suas várias gerações, mas precisa ser, antes de mais nada, corajoso e enfrentar as enormes pressões que um ministro do STF tem que enfrentar no seu cotidiano", disse.
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