Ditadura militar teve início em 1964
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Ditadura militar teve início em 1964


O Ministério da Defesa não fez nesta sexta-feira (31) qualquer menção positiva para ser lida em quarteis e batalhões em comemoração ao golpe militar de 1964. A decisão de não comemorar a data foi do comandante do Exército , general Tomás Paiva, com o apoio do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro .

Essa é a primeira vez em quatro anos que as Forças Armadas não vão emitir nota para comemorar e elogiar o golpe contra a democracia que ocorreu na primeira metade da década de 1960. A celebração vinha ocorrendo desde 2019, quando Jair Bolsonaro assumiu o cargo de presidente.

O fim da comemoração já era um desejo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) antes de tomar posse da Presidência da República. Com o ato terrorista de 8 de janeiro, lideranças militares decidiram acatar o pedido do chefe do Executivo federal.

Bolsonaro e o golpe de 1964

Capitão do Exército reformado, Jair Bolsonaro construiu sua carreira política de deputado como grande defensor do golpe de 1964.  Em discursos no Plenário da Câmara, o então parlamentar chegou a pedir a volta da intervenção militar como solução aos problemas do Brasil.

Considerado golpe militar pelos historiadores do Brasil e do mundo, a tomada de poder em 31 de março de 1964 destituiu o então presidente João Goulart, dando início a um período de 21 anos em que o Brasil foi governado por generais do Exército.

O fim da ditadura ocorreu em 1985, depois que milhões de brasileiros foram às ruas durante a primeira metade da década de 1980. As manifestações foram intituladas de Diretas Já.

Com o término da ditadura militar, o Brasil elegeu indiretamente – apenas o parlamento votou – Tancredo Neves para ocupar o cargo de presidente. No entanto, ele morreu no mesmo ano e José Sarney assumiu a função.

Em 1989, brasileiros votaram diretamente pela primeira vez desde o fim da ditadura. Na ocasião, Fernando Collor venceu Lula no segundo turno e se tornou presidente do Brasil.


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