O conjunto de joias do regime da Arábia Saudita retido pela Receita Federal que seria da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro , avaliado em R$ 16 milhões da marca Chopard , está sendo enviado à perícia da Polícia Federal.
As joias serão entregues a profissionais do Instituto Nacional de Criminalística (INC), em Brasília, e analisados pelo setor de gemologia, com o objetivo de atestar a autenticidade das peças.
O conjunto chegou ao Brasil em 2021 e foram aprendidas na alfândega do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na mochila de um assessor de Bento Albuquerque, então ministro de Minas e Energia. Ele ainda tentou usar o cargo para liberar os diamantes, entretanto, não conseguiu reavê-los, já que no Brasil a lei determina que todo bem com valor acima de US$ 1 mil seja declarado.
Diante do fato, o governo Bolsonaro teria tentado quatro vezes recuperar as joias, por meio dos ministérios da Economia, Minas e Energia e Relações Exteriores. O então presidente chegou a enviar ofício à Receita Federal, solicitando que as joias fossem destinadas à Presidência da República.
Na última tentativa, três dias antes de deixar o governo, um funcionário público utilizou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para se deslocar até Guarulhos. Ele teria se identificado como “Jairo” e argumentado que nenhum objeto do governo anterior poderia ficar para o próximo.
Ao tomar conhecimento do caso, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que a Receita Federal transfira a propriedade dos itens para o patrimônio do Estado, que deverá mantê-los em custódia na Caixa.
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