O então presidente Jair Bolsonaro encontrou o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman
Alan Santos/ Presidência da República
O então presidente Jair Bolsonaro encontrou o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu uma caixa de joias durante viagem oficial à Arábia Saudita , no ano de 2019 . Essa em questão ainda está com ele após ter deixado a presidência da República. O conjunto é composto por  relógio Rolex , uma caneta Chopard , abotoaduras, anel e uma espécie de rosário árabe.

Bolsonaro participou de um almoço oferecido pelo rei saudita Salman Bin Abdulaziz Al Saud. Naquele dia, o ex-mandatário disse para jornalistas que cobriam o evento que "todo mundo gostaria de passar uma tarde com um príncipe . Especialmente vocês mulheres". Ele se referia ao herdeiro Mohammed bin Salman, governante monarquia do Golfo Pérsico. 

"Temos uma reunião de negócios hoje à tarde. Todo mundo gostaria de passar uma tarde com um príncipe. Especialmente vocês mulheres, né?", disse o ex-presidente dirigindo-se às jornalistas. "Tenho uma certa afinidade com o príncipe. Em especial depois do encontro em Osaka", finalizou Bolsonaro, referindo-se à reunião em que ambos participaram da cúpula do G-20 em junho de 2019, no Japão.

Esse conjunto de joias é avaliado em cerca de R$ 500 mil. Bolsonaro levou a caixa com itens de luxo para os Estados Unidos no fim do ano passado, quando deixou o cargo antes do mandato acabar.

Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, os presentes teriam sido recebidos, em mãos, pelo próprio Bolsonaro, do regime da Arábia Saudita. Diferente do caso das joias avaliadas em mais de R$ 16,5 milhões, que foram retidas pela Receita Federal por questões legais, e do outro pacote que veio na bagagem da comitiva que foi ao Oriente Médio em outubro de 2021.

Após receber as joias, Bolsonaro chegou a pedir que esses itens fossem armazenados dentro de uma caixa de madeira clara, com o símbolo verde do brasão de armas da Arábia Saudita e que fossem guardados no acervo privado da Presidência. De acordo com as informações obtidas pelo jornal, há uma confirmação disso no dia 8 de novembro de 2019, feita pelo Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência.

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