O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) prometeu que vai apresentar um projeto que criminaliza pessoas que planejarem atentados contra autoridades públicas. Em entrevista dada para o programa Estúdio i , na GloboNews , nesta quarta-feira (22), ele falou da operação feita pela Polícia Federal contra suspeitos de arquitetarem sequestros e assassinatos contra políticos e profissionais do poder judiciário.
Logo pela manhã, Moro postou um texto dizendo que era um dos alvos do grupo e agradeceu o trabalho feito pela PF. O parlamentar revelou que soube no final de janeiro o plano do PCC para seqüestrar ele e membros da sua família. "Nós cortamos toda a ligação deles com o mundo externo que não fosse monitorada", comentou.
Moro critica o governo Lula
Opositor de Lula (PT), Moro aproveitou a entrevista para alfinetar o atual governo petista. Ele desaprovou o relançamento do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci II), responsável por ações de prevenção, controle e repressão da criminalidade, priorizando grupos sociais e territórios mais vulneráveis.
"Faria melhor o governo, com todo o respeito, se investisse esses recursos – claro que tem que investir também em política social –, mas se investisse esses recursos em tecnologia, equipamento e estratégias contra o crime organizado e a criminalidade violenta", argumentou.
Entenda o caso
Nesta manhã, uma operação da Polícia Federal mira um grupo criminoso que planejava ataques contra servidores públicos e autoridades. O ex-ministro da Justiça do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) era um dos alvos.
Entre as ações planejadas pelo grupo criminoso, os suspeitos pretendiam inclusive matar e sequestrar autoridades, segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino. Segundo o chefe da pasta, entre as possíveis vítimas estavam um senador e um promotor de Justiça.
Conforme a PF, os ataques eram planejados em cinco unidades da federação: Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
No total, são cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária contra suspeitos situados em Rondônia, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.
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